O Diário Oficial on-line do último dia 10, da Prefeitura de Tanguá, espantou muita gente. Em cumprimento a uma decisão judicial, o Executivo convocou 49 aprovados no Concurso Público realizado no ano de 2001, durante a gestão do ex-prefeito Jailson José Cardoso. A decisão foi da 2ª Vara Cível da Comarca de Itaboraí, que finaliza um processo de mais de duas décadas.
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Os convocados têm do dia 18 até o dia 30 para se apresentarem no Departamento Pessoal da Prefeitura com a documentação exigida (os nomes dos convocados e os documentos a serem apresentados estão disponíveis no final desta página).
Os cargos são de arquiteto, fonoaudiólogo, bibliotecário, comunicador social, engenheiro agrônomo, fisioterapeuta, veterinário, nutricionista, odontólogo, professor II de Artes, almoxarife, fiscal de posturas, fiscal sanitário, secretário executivo, técnico de enfermagem, telefonista, agente agropecuário, bombeiro hidráulico, contínuo, cozinheiro, eletricista e recepcionista.
Uma das convocadas pela Prefeitura foi a fonoaudióloga Ana Cláudia Rios. Ela conta que depois de tantos anos que fez o concurso, não sabe mais se tem interesse em assumir o cargo para o qual passou em primeiro lugar.
Por conta da frustração de estudar, fazer a prova, passar em primeiro lugar e mesmo assim não ser chamada, ela conta que nunca mais prestou concurso para Tanguá, pois ficou traumatizada.
“Na época fui ao Ministério Público em São Gonçalo para reclamar minha vaga nesse concurso, pois passei em primeiro lugar. Eles me anexaram ao processo que já existia com outras pessoas que também estavam reclamando. O juiz da época era o falecido Mauro Prevot. Fiquei tão traumatizada com essa situação, que nunca mais fiz concurso para Tanguá. Agora tenho que avaliar se é viável para mim ou não, essa vaga, pois já estou no final da minha carreira profissional, já tenho 30 anos de formada”, pondera a fonoaudióloga.
Além dos convocados, essa decisão também caiu no colo da atual gestão, que agora terá que arcar com os gastos desses pagamentos não previstos no orçamento feito para este ano.
O secretário municipal de Administração, Ricardo Maciel, explicou que a decisão judicial impôs à atual administração uma medida que tem origem em gestões anteriores. “O concurso foi realizado há mais de 20 anos, em 2001, e a sentença agora proferida não compromete a nossa gestão. Contudo, estamos diante de um impacto financeiro não previsto, devido a um erro de administrações passadas, e seguiremos cumprindo a determinação judicial com responsabilidade”, declarou ele.
A Prefeitura informou que a convocação segue a legislação vigente, e o impacto financeiro será gerido para minimizar qualquer prejuízo aos serviços prestados à população da cidade.
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Por Lívia Louzada
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