As secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio confirmaram, na noite desta quinta-feira, que duas novas variantes do corona vírus encontram-se em transmissão comunitária no Rio. A nota divulgada pelos órgãos informa que a análise dos histórico de quatro das cinco pessoas contaminadas pelas cepas em questão indicou que, com exceção de um paciente oriundo de Manaus, todos os demais são “autóctones” – “ou seja, a contaminação aconteceu dentro do próprio estado”. Foram registrados um caso com a cepa do Reino Unido (VOC 202012/01, linhagem B.1.1.7) e outros quatro com a mutação de Manaus (VOC P.1, linhagem B.1.1.28).
“Desta forma, a avaliação confirmou que as novas cepas já estão circulando em pelo menos um município do estado, o Rio de Janeiro, e provavelmente, Nova Iguaçu”, informa o texto. “A Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da SES alerta para a possibilidade de o vírus já estar circulando por outros municípios, uma vez que a capital tem grande atividade econômica e alta circulação de pessoas de várias cidades da Região Metropolitana”, acrescenta a nota, que continua: “Porém, essa informação só poderá ser confirmada a partir de evidências laboratoriais. Para tanto, a SVS/SES está reforçando e apoiando os municípios nas ações de monitoramento e vigilância de casos suspeitos, conforme Nota Técnica enviada em 17.02”.
As secretarias de Saúde afirmam ainda que “diante da confirmação dos casos autóctones e em função da pouca disponibilidade de informações científicas sobre os possíveis impactos no cenário epidemiológico da Covid-19”, estão reforçando a necessidade de que sejam intensificadas as medidas de prevenção de contágio: uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social.
Veja abaixo o trecho da nota que detalha os casos:
“Dos quatro casos registrados com a cepa de Manaus, dois são moradores da capital e já estão recuperados; um é um paciente transferido de Manaus que permanece internado no Hospital Federal do Servidor; e outro é um morador de Belford Roxo, que ficou internado em Nova Iguaçu. Apenas o caso de Belford Roxo evoluiu para óbito, porém não é possível afirmar que o paciente teve agravamento do caso devido à mutação do vírus, já que ele foi internado em função de cirrose hepática e problemas renais. A análise do período de internação em Nova Iguaçu e posterior transferência para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio, está em fase de conclusão.
Quanto ao paciente contaminado com a cepa do Reino Unido, ele é morador da capital e já está recuperado. Entre os moradores da capital e o de Belford Roxo, não foi identificado histórico de viagem ou de contato com pessoas que tenham passado por locais com circulação das novas variantes”.
Fonte: extra.globo.com