A nova onda de calor que tem atingido o Brasil também pode provocar estragos nos celulares. O superaquecimento de aparelhos gera lentidão no funcionamento e prejudica a vida útil da bateria, dizem especialistas.
A chance de superaquecimento costuma ser pequena, mas pode aumentar em casos de exposição direta ao sol, como ao deixar o celular próximo ao para-brisa do carro ou mantê-lo por muito tempo em locais como praias.
Para saber quais são os cuidados que se deve tomar, o g1 ouviu Marcos Amaral, professor de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), e Angelo Sebastião Zanini, coordenador do curso de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Veja o que eles recomendaram:
- evite capinhas emborrachadas – apesar de proteger de quedas e arranhões, elas podem concentrar ainda mais calor no celular;
- não deixe o aparelho exposto diretamente ao sol;
- evite usar o celular enquanto ele estiver carregando;
- caso perceba o aparelho quente, feche alguns aplicativos. Se a alta temperatura permanecer, desligue o aparelho por alguns minutos;
- não use carregador pirata – além de aquecer o aparelho, ele pode diminuir a vida útil da bateria.
Por que o calor extremo pode afetar o celular?
Segundo os especialistas, os celulares costumam funcionar normalmente em temperaturas de até 40ºC. Acima disso, os aparelhos podem ser impactados de duas maneiras: no funcionamento do sistema e no desempenho da bateria.
Sistema: é o que faz o celular funcionar. Naturalmente, o sistema aquece os componentes do aparelho quando está em operação. Quanto mais aplicativos em uso, maior é a temperatura;
Bateria: é formada por alguns tipos de metais, que reagem quimicamente com o aumento excessivo da temperatura. Nesses casos, há perda acelerada de carga e danos na vida útil, ou seja, com o tempo, ela pode segurar energia por menos tempo.