Proibição de celulares nas escolas do Rio gera resultados positivos entre alunos

Os celulares são parte essencial do cotidiano de milhares de pessoas, especialmente entre os estudantes, que não se separam deles
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Foto: Ilustrativa/ Reprodução

Os celulares são parte essencial do cotidiano de milhares de pessoas, especialmente entre os estudantes, que não se separam deles. No entanto, o uso excessivo já começava a afetar o desempenho escolar. Desde fevereiro, os alunos das escolas municipais do Rio de Janeiro estão proibidos de usar os aparelhos nas salas de aula e durante os intervalos. A Secretaria Municipal de Educação avalia que essa medida já trouxe resultados positivos para a aprendizagem.

O levantamento da prefeitura aponta que a restrição ao uso de celular melhorou a concentração dos alunos, a participação nas aulas e o desempenho nas disciplinas. Também foi possível observar uma queda nos casos de bullying praticados nos horários de intervalo, que costumavam ocorrer por meio de redes sociais e aplicativos.

O estudo utilizou os resultados das avaliações bimestrais dos alunos e pesquisas realizadas com os diretores das escolas. No Rio, a utilização de celulares e outros aparelhos é permitida apenas com autorização do professor e para fins relacionados ao aprendizado. Durante as aulas, os dispositivos devem permanecer no modo silencioso e guardados nas bolsas dos alunos. Também não podem ser usados em intervalos e no recreio.

De acordo com a pesquisa TIC Educação 2023, divulgada no início de agosto pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, a utilização de celulares já é vetada em 28% das instituições de ensino urbanas e rurais do país. Além disso, 6 em cada 10 escolas implementam algum tipo de norma, como definir horários e locais específicos em que o aparelho pode ser acessado.

Ainda segundo o levantamento da TIC Educação, entre as instituições que atendem apenas alunos mais novos, a porcentagem das que proíbem o uso de celulares subiu de 32% (em 2020) para 43% (em 2023). Para as instituições que oferecem também os anos finais do ensino fundamental, a proporção aumentou de 10% para 21% nesse período. Nos colégios com ensino médio, o controle parece ser menor, com apenas 8% banindo o uso do aparelho.

O Ministério da Educação também estuda apresentar um projeto para restringir o uso de celulares em todas as escolas do país neste mês de outubro. Conforme a pasta, a iniciativa deve fornecer segurança jurídica para estados e municípios que já discutem a proibição. A data de divulgação ainda não foi confirmada.



Fonte: diariodorio.com

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