A primeira audiência do processo contra Glaidson Acácio dos Santos será realizada na próxima quarta-feira (24). Conhecido como Faraó dos Bitcoins, ele é acusado de lesar clientes com um esquema de pirâmide financeira de criptomoedas e está preso desde 2021. A sessão está prevista para ocorrer às 14h, na 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).
Na audiência da próxima semana, serão ouvidas as testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), entre eles investidores da G.A.S Consultoria. Com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos, a empresa era utilizada para um esquema de pirâmide chamado “ponzi”, que recebia aportes financeiros e prometia gerar lucros de 10% por mês aos clientes. Toda quantia, no entanto, ficava com Glaidson e outros sócios. A companhia chegou a acumular mais de 570 processos na Justiça.
Até 2014, o Faraó dos Bitcoins trabalhava como garçom em Búzios, também na Região dos Lagos. Cerca de cinco anos depois, ele abriu empresas de consultoria e investimento no mercado de criptomoedas e, somente a G.A.S. Consultoria possuía um capital social de R$ 75 milhões. Além disso, o esquema movimentou cerca de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021. Glaidson foi preso em uma mansão no Rio, onde foram encontrados cerca de R$ 14 milhões em dinheiro, barras de ouro, além de 21 carros de luxo, joias e 591 bitcoins – o equivalente a R$ 147 milhões.
O Faraó dos Bitcoins vai acompanhar a sessão à distância, já que está no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Até o ano passado, ele estava em Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, mas foi transferido, após uma investigação do MPRJ apontar que ele comandava um grupo de pistoleiros que tinha como objetivo monitorar e eliminar concorrentes. Ele também responde por ter ordenado o homicídio de Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, em 2021, depois que ele disse que o Faraó seria preso e sugeriu aos clientes da G.A.S que retirassem os valores e transferissem para a sua empresa. O homem sobreviveu.
Em junho, a defesa de Glaidson protocolou um novo pedido de habeas corpus (HC) ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que ele enfrentava problemas psiquiátricos e solicitando que ele fosse autorizado a responder pelos crimes em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica. Segundo o documento, antes da prisão, o acusado já estava em tratamento com um psiquiatra e fazia uso de medicamentos controlados, mas o quadro de saúde mental teria se agravado, necessitando de cuidados fora da cadeia. Um laudo psiquiátrico foi anexado, mas o requerimento foi negado pelo ministro Gilmar Mendes.
Fonte: odia.ig.com
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