O skate mais uma vez é sinônimo de medalha para o Brasil. Dessa vez foi o experiente Pedro Barros que conquistou a terceira medalha brasileira do skate em Tóquio-2020. O catarinense ficou com a prata na categoria skate park, mas trouxe à tona algo que, para ele, é muito mais importante do que o pódio: a fraternidade entre skatistas. No parque de Ariake, hoje, quinta-feira (5), Pedro exaltou o companheiro Keegan Palmer, que levou o ouro, sem diminuir o próprio feito:
“Sei do meu tamanho, da minha capacidade, do que sou capaz. É muito claro para mim. Mas o que ele estava fazendo era coisa de outro mundo. Elevou para outro patamar”, disse o atleta, que entrou absolutamente tranquilo na prova mesmo depois de ver o colega brilhar.
Aos 26 anos, mas respirando o skate desde o primeiro ano de idade, o skatista brasileiro mostrou algo raro de se ver em competições grandes como as Olimpíadas: leveza. E não é por falta de favoritismo. Pedro Barros coleciona seis ouros, três pratas e um bronze em X Games —a primeira medalha ele conquistou com apenas 14 anos.
Depois de ser pego no doping, com risco de ficar fora da estreia do skate em Jogos Olímpicos, o catarinense deu algumas voltas por cima e chegou ao pódio sem abandonar a essência do esporte.
“Essa medalha foi simplesmente um detalhe, um souvenir, essa experiência que a gente leva para a vida é muito maior e muito melhor do que qualquer objeto material. Essa medalha aqui não deixa de ser um objeto material, expectativas que as pessoas criam. Estou aqui como um atleta olímpico, mas estou vivendo como um skatista, um ser humano, cativando coisas maravilhosas e colecionando momentos maravilhosos para a minha vida.”
Fonte: Uol