A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro tratamento contra Alzheimer, através do uso do medicamento Kisunla (donanemabe), da farmacêutica Eli Lilly do Brasil. O remédio pretende retardar o avanço em pacientes sintomáticos. Após estudos clínicos, houve uma retardação comprovada de até 35% na progressão da doença.
O remédio deve ter aplicado, de forma injetável, uma vez ao mês. O objetivo da medicação é eliminar as placas amiloides – apontadas como uma das principais causas do Alzheimer – para assim retardar a perda da memória e da cognição.
O medicamento é indicado para pacientes com comprometimento e demência leves. Contudo, não é recomendado para pacientes heterozigotos ou não portadores de um gene específico chamado apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4) — situação identificada por exames genéticos.
O diretor médico sênior da Lilly do Brasil, Luiz Magno, emitiu uma nota celebrando a aprovação. “Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas”.
O remédio foi aprovado após a conclusão da fase três do estudo clínico, que durou cerca de 18 meses e contou com dois grupos, um que estava menos avançado em sua doença e outro considerado a população geral. A medicação já havia sido aprovada nos Estados Unidos em julho do ano passado e obteve uma retardação de cerca de 35% na progressão do Alzheimer.
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*Com informações da CNN.
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