Prefeitura do Rio afasta Monique Medeiros e apura irregularidades

às
monique

O prefeito Eduardo Paes decidiu, nesta quarta-feira, afastar por 30 dias do cargo Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel. Segundo o despacho publicado no Diário Oficial, a medida tem o objetivo de evitar que, na ativa, ela influa no resultado de um processo administrativo em andamento desde 2021. O artigo do Estatuto do Servidor no qual Paes se baseia permite que a suspensão se estenda até 90 dias. Mesmo com a suspensão, Monique tem direito a receber salário e contar tempo de serviço para aposentadoria. A pedagoga foi alocada no almoxarifado da Secretaria municipal de Educação.

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirirnhaa , disse que Monique foi afastada por dois motivos. O primeiro deles é a questão do inquérito administrativo. O outro é a suspeita de fraude no cartão de ponto de Monique.

— O cartão está assinado até 31 de janeiro. Será que ela é capaz de prever o futuro? Isso será investigado — disse o secretário de Educação.

Semana passada, Monique entrou com um pedido de licença médica para 60 dias de afastamento. A secretaria de Educação, no entanto, só concedeu dois dias, com base em laudo do setor de perícias médicas. A volta de Monique à pasta causou revolta nos servidores que atuam na sede do órgão. Ela retomou as atividades como servidora pública em 12 de dezembro, após uma requisição feita por ela.

Sobre a perícia oficial, Ferreirinhaa havia disse que, se Monique não fosse afastada, ela teria que se representar para o trabalho nesta quarta-feira.

Segundo o secretário, depois que Henry morreu, Monique primeiro entrou com um pedido de licença de luto devido à perda do filho. Enquanto esteve presa, ela não recebeu salários porque entrou com um pedido de licença sem vencimentos.

Ferreirinha explicou ainda que será aberto um novo inquérito em desdobramento do de 2021, que é relativo apenas às circunstâncias da morte de Henry Borel.

Nas redes sociais, Ferreirinha já tinha se manifestado sobre a volta de Monique à pasta. Na publicação, afirmou que, se dependesse dele, “Monique já teria sido demitida há muito tempo”.

Ré pela morte do filho, Monique aguarda o julgamento em liberdade depois de ter sua prisão revogada pelo STJ. Ela é servidora do município e recebeu salário de R$ 3,1 mil em dezembro por trabalho em uma função administrativa na secretaria. Monique estava de licença desde abril de 2021, quando foi presa preventivamente. Ela e o ex-vereador Dr. Jairinho serão julgados pelo II Tribunal do Júri.

Segundo Ferreirinha, a volta de Monique à pasta se deu por uma orientação jurídica, já que não houve ainda uma sentença condenatória contra a servidora. Ferreirinha reforça que Monique ficará longe de salas de aula e escolas do município.

Monique foi aprovada em um concurso público da Secretaria municipal de Educação em 2011, e passou a dar aulas para turmas de Ensino Infantil da Escola Ariena Vianna da Silva, em Senador Camará, onde, sete anos depois, ascendeu à diretora. Ela atuou na unidade até agosto de 2020 para assumir um cargo no Tribunal de Contas do Município (TCM), onde viu seu salário pular de R$ 4 mil para R$ 16.500. A pedagoga, porém, foi exonerada do TCM em março de 2021, mas seguiu com a matrícula no município.

 

Crédito: extra.globo.com

Veja também

Deixe aqui sua opinião

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Últimas Notícias