Um esquema de extorsão que funcionava há um ano no bairro Parque Andréia, bairro do 2º distrito de Rio Bonito, começou a ser desmantelado pela Polícia na última terça-feira (29). Policiais civis e militares de Rio Bonito prenderam, dois homens, um de 19 e outro de 24 anos, acusados de extorquirem um fazendeiro e um empresário e ainda atearem fogo em uma retroescavadeira no mesmo bairro.

Segundo as autoridades, em 2022, um empresário que fazia extração legal de areola em uma fazenda, na mesma localidade, e o proprietário desse local, começaram a ser extorquidos pelo tráfico de drogas local, que cobrava R$ 2 mil para que continuassem as atividades na propriedade. A ‘mesada’ se estendeu até agosto desse ano.

De acordo com o delegado Bruno Gilaberte, titular da 119ª Delegacia de Polícia de Rio Bonito, as investigações apontam que “novos traficantes que não estavam envolvidos (na ‘mesada’), ou pelo menos, não se tem notícia de que estivessem envolvidos na extorsão inicial, que supostamente assumiram o poder na região, estiveram nas terras deste fazendeiro exigindo R$ 15 mil”. O fato teria acontecido no último dia 23.

O fazendeiro e o empresário se negaram a pagar a nova quantia, e em retaliação, uma retroescavadeira, avaliada em cerca de R$ 400 mil, foi incendiada no local no dia 27. O caso então foi investigado, a Justiça expediu um mandado de prisão e dois acusados foram presos. Um terceiro homem também foi detido na ação, mas segundo o delegado, ele foi liberado porque sua participação ainda está sendo investigada.

Os presos serão indiciados por extorsão e por dano qualificado pelo emprego de substância inflamável. Na análise no delegado, o caso de extorsão que acontecia “é algo incomum (na cidade), desde que cheguei na cidade (em 2022), este é o segundo caso que a gente tem ciência”.

Ele ainda completou falando do futuro das investigações. “A investigação prossegue. O inquérito não terminou ainda. Embora tenhamos dois presos e elementos suficientes contra esses dois, acreditamos que há outros envolvidos. Há diligências ainda pendentes, atos de investigação a serem realizados e, tão logo isso termine, possivelmente com a identificação de outros criminosos envolvidos, aí sim o inquérito será dado como resolvido”, finalizou a autoridade policial.