Centenas de corredores fizeram uma homenagem ao atleta atropelado na BR-101, em São Gonçalo. O grupo correu pelas margens da rodovia, no último domingo (27), como Lucas Celestino, fazia no dia 9 de abril, até ser atropelado e morto por uma van. O tributo foi organizado pela família e amigos e divulgado pelas redes sociais.
Vestidos com camisas estampadas com o nome do atleta, ciclistas e corredores levaram cartazes que pediam respeito aos corredores e destacavam o amor de Celestino pelo esporte e a luta por justiça.
Eles partiram da frente do Shopping São Gonçalo e seguiram em direção ao bairro Mutuá, passando pela 18 do Forte até o Centro da cidade. O evento teve início às 7h30 e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Maria Eduarda Celestino, de 26 anos, viúva do atleta, emocionou os presentes ao relembrar o legado deixado pelo marido.
“Eu queria estar comemorando um livramento. Queria que ele tivesse chegado falando que teve um livramento, e aí a história seria outra, mas os planos são de Deus. Mesmo não aceitando ainda, acredito que a vontade dele é soberana. Ele sempre me dizia que não queria ter uma morte inútil, queria deixar um legado. Tenho certeza que ele não tem a dimensão da semente que plantou no coração de cada um”, declarou.
Ela também agradeceu o carinho recebido e revelou que pretende seguir a prática esportiva como forma de homenagear Lucas:
“Eu não consegui me tornar uma atleta ao lado dele, mas a partir de agora eu quero começar. Agradeço a todos vocês, agradeço a Deus. Não está sendo fácil, mas ver isso aqui é lindo demais”, disse.

Maria Eduarda também ressaltou a relação de carinho que mantinha com o marido, morto no dia em que o casal comemoraria mais um ano de união.
“Tudo que eu podia entregar, eu entreguei. Falava que amava todo dia, abraçava toda hora, dizia o quanto ele era uma pessoa ótima e linda, porque ele era mesmo. Espero que a morte dele não tenha sido inútil e que todos que são atletas, ou que pretendem ser, levem adiante o amor pelo esporte, pela vida e pela saúde”, afirmou.

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Relembre o caso do atleta atropelado
Lucas Celestino, de 27 anos, foi encontrado morto na manhã do dia 9 de abril às margens da BR-101, na altura do Portão do Rosa, em São Gonçalo. O atleta havia saído de casa no bairro Mutuapira para realizar um treino habitual e ficou desaparecido por cerca de 24 horas.
Segundo a Polícia Civil, o responsável pelo atropelamento foi um motorista de van que fugiu do local após o crime e ainda trocou, dentre outros itens, o para-brisas do veículo para dificultar a identificação.
O acusado foi preso no dia 17 de abril por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG).
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