Boxeador de Maricá vai disputar mundial

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Morador de Itaipuaçu, Raphael Valloury Garcia, de 27 anos, também conhecido como Dom Garcia, é o atual campeão do cinturão latino-americano pela World Boxing League (WBL) e o primeiro carioca a ser campeão brasileiro de boxe.
Na carreira, ele está invicto com sete vitórias por nocaute. E como foi campeão latinoamericano em agosto de 2018, agora vai disputar o título mundial. “Eu disputei o título pela WBL contra o atleta Gueo Santos, lá de Salvador. Consegui colocar em prática tudo que eu havia treinado. Não corri riscos na luta e no segundo round, efetuei um nocaute técnico no atleta e me sagrei campeão”, explicou Dom.

Com essa vitória, Raphael ficou apto a disputar o mundial marcado para 23 de março deste ano. “Eu vou disputar o cinturão com o argentino Cristian Ariel Gomez na praça da minha cidade. É um sonho se realizando”, disse Raphael.
Apaixonado por esportes, o menino de ouro pratica atividades desde os sete anos de idade. O campeão já passou por diversas modalidades: futebol, natação, judô e até capoeira. Mas foi aos 16 anos, no boxe, que ele se encontrou. “Me inspirei muito no Maguila, no Reginaldo Holyfield, nas lendas do boxe nacional, no Popó também. Os caras que passavam na TV e que hoje a gente perdeu essa referência da TV com o boxe no canal aberto. Com isso, eu decidi que queria ser um boxeador profissional e comecei a me dedicar”, contou o lutador.

Lutador é morador de Itaipuaçu (Foto: Divulgação)

Além da preparação diária do mundial, Dom Garcia dedica seu tempo a um projeto social no condomínio Minha Casa, Minha Vida, em Itaipuaçu. “Eu tenho o projeto Império do Boxe, no condomínio Carlos Marighella. E, infelizmente, por falta de apoio, no momento está parado. Não só apoio financeiro, mas apoio de outros professores também. Porque eu concilio minha carreira profissional com a de professor. O projeto é 0800, ninguém paga nada. Quero convocar também os professores da região que queiram doar o seu trabalho para gente poder mitigar a marginalidade, as pessoas que estão à margem de projetos socais ou não têm condições ou não têm acesso. Também peço apoio das autoridades locais para que levem algum núcleo esportivo voltado para as artes marciais”, explicou Raphael.

O boxe trouxe um grande preparo físico e psicológico para o atleta. Agora, Dom Garcia quer fazer do esporte uma maneira para os jovens manifestarem seus sentimentos. Ele pede o incentivo dos pais para formar cidadãos de bem. “Peço aos pais para que incentivem seus filhos também à prática esportiva. Colocar seu filho em uma arte marcial, num karatê, independente de qual seja, não vai fazer dele uma pessoa violenta. Pelo contrário, ele vai ser um jovem disciplinado, mais atento aos estudos também. E mais respeitoso com os pais. Porque pregamos respeito acima de tudo”, disse Dom.

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