Pais de alunos aprendizes da Marinha dizem que filhos estão confinados há quatro meses sem previsão de saída

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Pais de alunos das escolas de aprendizes da Marinha estão preocupados com os filhos, que estão confinados há quatro meses. Eles dizem que os jovens não são liberados para voltar para casa desde o começo da pandemia de Covid-19 e estão ficando depressivos.

As mães dos estudantes dizem que eles sonhavam em entrar para a Marinha mas, pouco tempo após começar o ano letivo, vieram as medidas de distanciamento social.

“Eles fizeram o confinamento dos garotos, né? Eles chegaram e confinaram os garotos, que não podiam sair aos finais de semana. A gente até entendeu isso, porque esse ano é um ano atípico. Só que já são quatro meses, eles continuam confinados, sem nenhuma resposta em relação se eles vão sair ou não”, disse uma mãe de aluno, que preferiu não ser identificada por medo de que o filho sofra alguma represália.

Os pais e responsáveis contam que antes da pandemia os filhos podiam ir para casa aos fins de semana e afirmam não entender o motivo do isolamento de quatro meses só valer para os aprendizes.

“O resto das escolas, os praças, isso tudo, até a parte de ensino também, eles entravam e saíam normalmente, entendeu? A gente viu isso. Os praças e os professores podem entrar e sair normalmente, eles continuam na vida normal né? Eles não tiveram isolamento, só os meninos”, reclamou outra mãe.

As mulheres contam que alguns alunos apresentaram sintomas de Covid-19 mas que ficaram isolados dentro da própria escola. E que voltaram para o para o corpo de alunos após melhorar.

As escolas de aprendizes ficam em quatro estados do país e respondem ao 1º Distrito Naval, que fica no Rio. As mães dizem que já tentaram respostas, mas não receberam uma previsão de quando os filhos vão poder sair.

Para saber melhor o que se passa dentro das escolas, os pais criaram um grupo de conversa pela internet. E ficaram sabendo que alguns apresentam sinais de depressão.

“Ele fala bem pouco. Ele só comenta: ‘mãe, eu estou bem, eu vou conseguir, eu vou conseguir.’ A gente está muito preocupada por conta disso”, disse uma mãe de aluno.

A Marinha do Brasil disse, em nota, que as escolas de aprendizes-marinheiros estão funcionando de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. E as atividades escolares estão mantidas, adotando os procedimentos compatíveis com seus respectivos cursos, que são no regime de internato.

A Marinha também afirmou que tem o compromisso de oferecer um ambiente de trabalho seguro ao pessoal civil e militar.

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