Polícia Civil investiga conexão do tráfico entre Pará, Rio, São Gonçalo e Itaboraí

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Após a descoberta de uma conexão envolvendo traficantes de drogas do Norte Brasileiro em São Gonçalo, no ano passado, a polícia investiga um novo ‘consórcio’ entre criminosos na região, onde o foco agora é Itaboraí. Investigações das Polícias Civis do Rio e do Pará mostram que um acusado de tráfico do segundo estado, na Região Norte brasileira, é suspeito de comandar a venda de drogas nos bairros de Visconde e Porto das Caixas. Leonardo Costa Araújo, o Léo 41, teria montado seu ‘staff’ no Complexo da Penha, no Rio, e de lá, organizaria toda atividade do ‘lado de cá’, em um complexa articulação que envolveria não apenas os traficantes da capital do Estado, mas também os do Complexo do Salgueiro, apontado na investigação como ‘base’ para expansão dos criminosos para o interior fluminense.

Além de comandar o tráfico em Visconde e Porto das Caixas, Léo, segundo levantamentos das polícias civis do Rio e do Pará, também chefia a quadrilha que atua no Bengui, em Belém, no segundo estado. As investigações mostram que a participação dos criminosos do Pará no Estado do Rio seria uma forma de facilitar, principalmente, o escoamento de armas e drogas da região Norte do Brasil para os redutos dos traficantes cariocas. Esse ‘consórcio’, segundo levantamentos da polícia, envolve acordos entre os principais ‘conselheiros do Comando Vermelho, como  Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e de Edgar Alves de Andrade, o Doca, do Complexo da Penha, e Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, apontado pela polícia como o ‘chefão’ do Complexo do Salgueiro.

Início em 2018 – As investigações das polícias Civil do Rio e do Pará já detectam a migração de traficantes do estado do Norte do país para o Rio pelo menos desde 2018. Essa foi a a primeira vez, no entanto, que se constatou um paraense no comando do tráfico em terras fluminenses. Léo chegou ao Rio há cerca de dois anos para fugir das autoridades paraenses. segundo informações da Polícia Civil do Pará, a cúpula da facção no estado está escondida em favelas no Rio. Além dele, estão no Rio Anderson Souza Santos, o Latrol, David Palheta Pinheiro, o Bolacha e Oriscarmo Rodrigues Rocha, o Ouri. Os quatro ocupam os cargos mais altos da organização criminosa.

Itaboraí – Em Porto das Caixas e Visconde, além de o comando estar na mão de paraenses, de 10 a 15 traficantes que atuam nos bairros também são do estado do Norte. O tráfico tomou os bairros em maio de 2021, após a prisão de milicianos que atuavam na região. Segundo a polícia, os criminosos usaram como base o Complexo do Salgueiro, onde também há a informação de presença de paraenses. Em uma operação do Bope em novembro do ano passado, Jhonata Klando Pacheco Sodré, de 28 anos, foi morto na comunidade. Ele era do Pará.

As articulações entre traficantes do Estado do Rio e do Pará foram aprofundadas com as ações  realizadas pela polícia em megaoperação no Complexo da Penha, no fim mês passado, que culminou com saldo de  23 mortos. Três dos que faleceram eram ‘parceros’ de Léo no Pará, sendo  que um deles, Mauri Edson Vulcão Costa, o Déoera investigado naquele estado como membro do alto comando do CV nas cidades de Belém e Abaetuba, além de ser o mandante, segundo a polícia, de mais de 20 ataques contra agentes de segurança naquele estado nos últimos trinta dias.

Sem festa– A Polícia Militar do Rio manteve, nesse domingo (19), as ações especiais para prender criminosos e apreender armas, drgoas e impedir festejos pela passagem do aniversário de 58 anos de Rabicó no Complexo do Salgueiro. Segundo informações de setores de Inteligência da polícia, a festa começaria no dia 15 e se estenderia por toda a semana, também por conta do feriado de Corpus Christi. Desde o início das ações, quatro acusados de tráfico morreram e dois moradores foram baleados, sendo um  deles, uma criança de cinco anos.  

 

Crédito: Jornal O São Gonçalo

 

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