No dia 7 de novembro, os moradores de Rio Bonito foram surpreendidos com uma nova interdição de parte da Rua da Conceição, no Centro de Rio Bonito, por causa de reparos da empresa Águas do Rio. Um serviço já havia sido feito no mesmo lugar, três meses antes, em agosto, poucas semanas depois que a Prefeitura e o governo do Estado asfaltaram a via. Alguns comerciantes do trecho que foi interditado, reclamam da falta de comunicação por parte da concessionária e também por danificar o asfalto recém feito.
Em resposta à Folha, a Águas do Rio disse que realizou o reparo na rede de abastecimento, e que precisou retornar para consertar um rompimento na tubulação.
“A Águas do Rio informa que, em agosto deste ano, na Rua da Conceição, no Centro da cidade, a concessionária realizou o reparo na rede de abastecimento de água. A equipe precisou retornar nesta semana para consertar um rompimento na tubulação que estava causando vazamento e a recomposição asfáltica está em andamento.
A concessionária vem executando diversas interligações na rede de distribuição para levar água tratada para diversas famílias, as mais recentes foram nos bairros Via Parque e Boa Esperança.
Além disso, a Águas do Rio fez a limpeza na captação de água bruta no Rio Bacaxá e melhorias na estação de tratamento”.
Reclamações
A Folha ouviu também alguns dos comerciantes da rua que dizem entender a necessidade da obra, mas descordam de como o serviço é feito. Uma comerciante que não quis se identificar, disse que sua loja ficou sem abastecimento de água durante todo o dia 7.
Já a gerente da loja Kausa Fashion, Verônica Coutinho, precisou atender os clientes fora do estabelcimento para não perder vendas, mas acredita que mesmo assim tenha deixado de vender. Segundo Verônica, quando abriu a loja no dia 7, a vitrine já estava suja de água com lama e pedaços de asfalto.
Para a empresária Aglaia Gomes, da Loja da Natura, faltou planejamento da empresa. “A gente entende que precisa de manutenção, mas precisa de planejamento, tem que ter comunicação entre as empresas (órgãos)”, diz a comerciante se referindo ao fato da Águas do Rio já ter quebrado a rua duas vezes após o asfaltamento.
Outra comerciante que pediu para não ser identificada, conta que vendeu cerca de 60% menos em cada um dos dois dias em que a rua ficou fechada, já que a maior parte do seu faturamento vem do movimento que o trecho tem por causa do ponto de ônibus. Ela reclama ainda que a empresa não avisou que faria o serviço e nem em quanto tempo ficaria pronto.
“Eles não tratam como caráter emergencial, eles fecham a rua, fazem o serviço, aí dá 17h e vão embora, e só voltam no dia seguinte, não pegam direto para acabar. Além disso o caminhão ficou com a traseira virada para a porta da minha loja, fazendo a transposição do material removido da rua, as pessoas não podiam nem passar na calçada, fora o som alto do alarme de ré da escavadeira, que ficou o dia todo”.
Ela disse que entende que o problema precisa ser revolvido. “Entendo que isso seja uma obra que precisa ser feita, mas eles podem amenizar o transtorno, mas não fazem. Não avisam o que vai ser feito e em quanto tempo o serviço vai acabar, porque a gente pode se organizar para fechar mais cedo, abrir um pouco mais tarde, ou até aproveitar para fazer um reparo nesse período”, finalizou.
Lívia Louzada