Até o momento, foi confirmado o número de 60 vítimas fatais devido ao rompimento da barragem da Mina do Feijão, da companhia Vale, na cidade mineira de Brumadinho. Dezenove corpos já foram identificados. Mais de 290 pessoas ainda estão desaparecidas. Equipes continuam o trabalho de resgate no local, que conta com o apoio de 136 militares israelenses.
O mar de rejeitos já chegou ao Rio Paraopeba, que segundo moradores, era rico em cardumes de peixes, mas segundo o governo, já está perdendo força, movimentando-se a menos de um quilômetro por hora. O objetivo é evitar que a lama chegue ao Rio São Francisco, o que poderia causar um desastre natural de proporções imensas.
Devido ao número de desaparecidos, a tragédia pode se tornar o maior acidente de trabalho da história do país. O maior, até então, havia sido o desabamento de um pavilhão em Gamaleira, matando 65 dos 512 funcionários que estavam no local da obra. O Ministério da Cidadania anunciou que vai antecipar o pagamento de fevereiro do Bolsa Família para famílias de Brumadinho que estão inscritas no programa.
Ajuda humanitária
Os 136 militares israelenses que ajudarão no trabalho de resgate e recuperação no local da tragédia chegaram neste domingo (27) em Belo Horizonte, capital mineira. As equipes trouxeram 16 toneladas de equipamentos que vão auxiliar nos trabalhos, como sonares para localizar pessoas em grandes profundidades, utilizados em submarinos. Cães farejadores de Israel também viajaram para o Brasil.
Os militares devem atuar nas proximidades da barragem, onde estava o refeitório dos funcionários da Vale, área onde se estima que haja o maior número de vítimas. “A intenção é que as forças de Israel e seus equipamentos sejam usados ainda hoje”, esclareceu Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros local.