Uma barragem de rejeitos da empresa Vale rompeu, na tarde de hoje (25), no município mineiro de Brumadinho, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As primeiras informações são de que há vítimas. Moradores da parte baixa da cidade já estão sendo retirados das casas. Os acesso à cidade estariam fechados. A barragem que se rompeu seria utilizada para recirculação de água e contenção de rejeitos em casos de emergência, e teria cerca de 1 milhão de metros cúbicos.
Segundo a Vale, o mar de rejeitos atingiu a área administrativa da empresa e parte da comunidade de Vila Ferteco. A companhia declarou, em um comunicado, que já acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o Plano de Atendimento a Emergências para este tipo de ocorrência.
Através da internet, a prefeitura de Brumadinho fez o alerta para que se mantenha distância do leito do Rio Paraopeba. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enviou equipes de emergência do Ibama e do próprio ministério para a cidade, e garantiu que o ministério trabalha em conjunto com a Agência Nacional de Mineração e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais.
Três anos de tragédia em Mariana
O incidente na cidade de Brumadinho ocorreu três anos após o desastre na cidade mineira de Mariana, em 5 de novembro de 2015, quando a barragem de rejeitos da empresa Samarco, que pertence a Vale, se rompeu. Mais de 43 milhões de metros cúbicos de lama devastaram a região, atingindo comunidades como Bento Gonçalves e Gesteira. Dezenove pessoas morreram no acidente, que causou impactos ambientais de grandes proporções.
[…] A tragédia em Brumadinho (MG), no último dia 25, mobilizou a ajuda de diversos órgãos de vários estados no Brasil. O Rio de Janeiro enviou, na última semana, grupos do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil para auxiliar no resgate. Mas outra “mão amiga” enviada pelo Estado é, na verdade, uma “pata”. A cadela Toya, da Guarda Municipal de Arraial do Cabo, viajou para Brumadinho para participar do trabalho de buscas pelas vítimas do rompimento da barragem da Vale. Toya foi um dos cães farejadores que ajudou a localizar o corpo da turista catarinense que foi assassinada em uma trilha em Arraial do Cabo, em 2018. […]