A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o aleitamento materno é a maneira ideal para fornecer às crianças os nutrientes que necessitam para um desenvolvimento saudável. Por isso, é considerado um dos melhores investimentos para salvar vidas e melhorar a saúde e o desenvolvimento social e econômico de indivíduos e nações.
Além dos benefícios orgânicos, como a transmissão de anticorpos da mãe para o bebê, a amamentação pode evitar problemas fonoaudiológicos, de respiração, audição, deglutição e psicomotoras.
“A sustentação da cabeça, que a criança acaba fazendo naturalmente na hora de mamar, é o que vai ajudar a promover o equilíbrio e sustentação para sentar, engatinhar e andar. Além disso, os vínculos estabelecidos com a mãe durante essa fase de aleitamento as deixam mais autoconfiantes para se desenvolverem no período escolar”, afirma a fonoaudióloga Ana Lúcia Duran, da clínica Zambotti e Duran.
Na questão auditiva, as mamadas estimulam o canal do ouvido e, assim, ajudam a evitar as infecções desta região que também é favorecida pela deglutição. “Todo o esforço para sugar o leite ajuda a posicionar ainda a arcada dentária, a mastigação e consequentemente a deglutição também se tornam mais fáceis”, completa a especialista.
A partir dessa quinta-feira, dia 1º de agosto, o Centro de Referência Nacional de Bancos de Leite Humano (BLH) e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) irão participar da campanha Agosto Dourado que, em 2019, promove a amamentação no Brasil com base no slogan “Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação: hoje e para o futuro!”.
O objetivo é conscientizar pais e familiares sobre seu papel no apoio à prática do aleitamento materno, criando um ambiente que permita a mãe manter a amamentação como fonte exclusiva de nutrição nos primeiros seis meses de vida e como fonte complementar até os dois anos de idade.
A campanha será realizada no mesmo mês em que é celebrada a Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1º a 7 de agosto, promovida pela OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em mais de 170 países.
A gerente do Banco de Leite Humano (BLH) do IFF/Fiocruz, Danielle Aparecida da Silva, fala sobre a importância das políticas públicas inclusivas no empoderamento para incentivar a amamentação. “Atualmente, o Brasil conta com políticas inclusivas na área de aleitamento humano, para além da licença-maternidade e a licença-paternidade. Desde 2008, o Programa Empresa Cidadã estende tal licença em até seis meses, período indicado pela OMS para o aleitamento materno exclusivo, mas, infelizmente, este projeto ainda não alcançou 100% das empresas em nosso país”, comentou.
Fonte: Lei Seca Maricá [com informações UOL, Ministério da Saúde]