Disfarce é usado para prender ladrões. Policiais civis e militares de São Paulo usaram camisas floridas, da seleção brasileira, de clubes de futebol, bermudas, chapéus, bonés, óculos escuros, e até glitter e purpurina para se disfarçarem de foliões e prenderem ladrões de celulares e de cartões nos blocos de carnaval de rua em São Paulo.
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Vídeos e fotos obtidos pela reportagem do portal mostram como alguns dos agentes da Polícia Civil e Polícia Militar se vestiram e usaram adereços para se infiltrar nos desfiles. Um dos agentes foi trabalhar com uma camiseta regata que faz uma brincadeira com a mensagem de voz que o Waze dá para quem usa o aplicativo: “Você chegou ao seu destino”.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 1.035 celulares foram roubados ou furtados por criminosos na capital entre os dias 3 a 4 de fevereiro, quando ocorreu o pré-carnaval, e de 10 a 13 deste mês, durante o carnaval.
No mesmo período do ano passado, o número foi maior: 1.762 aparelhos foram furtados ou roubados, segundo a Secretaria.
No total, 54 pessoas foram presas suspeitas de roubar e furtar telefones e cartões de banco nos blocos. Entre os detidos há homens e mulheres. Eles pegavam os objetos das vítimas; elas guardavam.
Os policiais à paisana ou com uniformes recuperaram 183 celulares e 598 cartões levados dos foliões que foram curtir a festa popular e gratuita nas ruas da capital.
Alguns dos telefones roubados ou furtados foram encontrados escondidos na cueca de um suspeito. Ele carregava seis aparelhos de outras pessoas. O homem foi detido na noite de segunda-feira (12) por policiais que estavam disfarçados entre os foliões na Vila Madalena, região boêmia que concentra blocos carnavalescos. Mas quando precisaram agir mostraram os distintivos e armas, e se identificaram como policiais.
Em outro caso, uma mulher foi pega com 22 telefones roubados e furtados de foliões. Ela foi presa no sábado (10) por policiais. Durante a revista, 18 aparelhos foram localizados na bolsa e outros quatro escondidos na roupa.
Os celulares e cartões apreendidos pela polícia com os bandidos vão ser devolvidos depois aos donos. Já os presos seguiriam para delegacias, onde foram indiciados por roubo ou furto.
Policiais ouvidos pela reportagem que participaram da Operação Carnaval de 2024 disseram que medidas, como o uso de agentes disfarçados em blocos, aliado ao emprego de tecnologia, como drones sobrevoando o público, inibiu um pouco mais a ação das quadrilhas.
Neste final de semana ocorrerá o pós-carnaval na cidade de São Paulo. Estão previstos mais desfiles de blocos com a presença de foliões pela cidade. Policiais já estão pensando como irão “fantasiados” para tentar coibir a ação dos criminosos.
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