Depoimento de filho de Neguinho da Beija-Flor é aguardado pela polícia

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A Polícia Civil intimou para prestar depoimento o filho de Neguinho da Beija-Flor, pai de Gabriel Marcondes, de 20 anos, que morreu baleado em um baile funk em Nova Iguaçu, no último domingo (18). Os pais das outras duas vítimas também foram intimados.

Na terça-feira (20), a 58ª DP (Posse) fez uma perícia de local. Um homem, preso na manhã de segunda-feira (19), já foi ouvido.

A polícia, no entanto, precisará de outro depoimento, já que o suspeito, preso por tentativa de homicídio e associação para o tráfico de drogas, está internado em um hospital.

O enterro de Gabriel Ribeiro Marcondes, de 20 anos, neto do sambista Neguinho da Beija-Flor, foi marcado por comoção na tarde desta segunda-feira (19), no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Segundo a família, Gabriel Marcondes estava no local para montar uma tenda para o evento. As circunstâncias da morte dele são investigadas.

O avô estava inconsolável e foi amparado por amigos.

“Ele [Gabriel] era um menino bom, garoto bom. Estava nessa de armar a tenda e, segundo informações, esse lugar é perigoso. E ele foi lá botar a tenda e aconteceu na hora da operação, parece que houve troca de tiros lá por parte do pessoal e é isso. Meu filho também, eu tenho filho que também montava tenda, monta, mas a partir de agora essa atividade não vai exercer mais. É perigoso — disse Neguinho da Beija-Flor.

Neguinho lembrou que o neto tentou chegou a treinar para ser jogador de futebol profissional.

“É o caçula do meu filho mais velho [Paulo César Marcondes] (…) Sempre foi um garoto alegre, bom de bola, jogava muito bem futebol, depois abandonou. Estava no Nova Iguaçu, treinando, depois resolveu abandonar. Depois aprendeu mecânica e, por fim, já estava com atividade de armar tenda e deu no que deu”, lamentou.

O sambista falou ainda sobre o domínio de criminosos sobre as áreas do Rio de Janeiro.

“Infelizmente, por mais que e combata [o crime], o Rio de Janeiro está… Você não pode mais dizer que aquele ou determinado lugar [são perigosos]… É o Rio de Janeiro inteiro. Até no interior do estado a violência já chegou.”

Pedido por justiça

Mais cedo, Neguinho da Beija-Flor fez uma postagem em uma de suas redes sociais para falar da morte do neto. No post, que tem a palavra “luto” sobre um fundo preto (veja no fim da reportagem), o sambista agradeceu pelas mensagens recebidas e falou sobre o momento de dor da família e cobrou das autoridades o esclarecimento da morte de Gabriel.

“Pessoal, agradeço por todas as mensagens de conforto e carinho que estou recebendo de amigos e fãs, por conta da passagem do meu neto Gabriel. Peço desculpas aos amigos por não estar atendendo e nem retornando as ligações, mas estou cuidando da burocracia para o enterro, já que o meu filho PC não está em condições de cuidar sozinho de tudo. É um momento muito difícil. A dor é enorme. Peço que orem para que o Gabriel siga um caminho de luz. E espero que a polícia e a justiça cumpram seu papel”, disse Neguinho da Beija-Flor nas redes sociais.

O crime

Segundo a Polícia Militar, homens do 20º BPM (Mesquita) foram recebidos a tiros ao checar uma denúncia de um evento não autorizado em uma rua do Morro da Bacia. No tiroteio, quatro homens foram atingidos e três morreram, incluindo Gabriel.

O jovem chegou a ser levado para o Hospital da Posse, mas não resistiu.

Além dele, morreram Mateus da Silva Gomes e um homem que não teve a identidade divulgada. O quarto atingido foi preso em flagrante por tráfico, associação e tentativa de homicídio.

O caso é investigado pela 58ª DP (Posse).

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