Diretora é afastada por dançar música com conotação sexual com alunos de creche do Rio

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A Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) afastou mais uma diretora por permitir música com conotação sexual para alunos de uma creche. O caso foi divulgado pelo secretário Renan Ferreirinha, nesta quarta-feira (30), e em um vídeo, a profissional aparece dançando com os estudantes o funk “Ensaio das Maravilhas”, do DJ Pedro Sampaio e da cantora Thaysa Maravilha. Confira abaixo. Neste semana, imagens que viralizaram da apresentação de “Cavalo ficou tarado” em uma escola da rede, já haviam provocado o afastamento de outros quatro servidores.

A música tocada na Creche Municipal Luiza Barros de Sá Freire, em Costa Barros, na Zona Norte, diz em alguns trechos: “desce, sobe, toma rajadão” e “vai bate, com a bunda no calcanhar”. Em nota, a SME afirmou que “não tolera o uso de qualquer música ou apresentação com conotação sexual para crianças em creches e escolas municipais do Rio”. A diretora da unidade foi afastada do cargo e uma sindicância aberta para apurar o caso. “A Secretaria seguirá conduzindo com o rigor necessário e não tolerará que nossas crianças sejam expostas a conteúdos impróprios de forma alguma”, completou a pasta.

No vídeo da apresentação que viralizou nesta semana, é possível ver integrantes da Cia Suave dançando para crianças e adolescentes do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, na Zona Oeste. As imagens mostram uma mulher com máscara de cavalo ‘galopando’ em um homem no pátio da instituição e outros três com roupas de bailarina saltando e realizando passinhos de funk. Entre os trechos cantados na música estão “olha os cavalos no cio”, “vem mulher, vem galopando que o cavalo tá chamando”, “cavalo taradão”, “cavalo ficou danado, galopa de frente, galopa de lado”, “ela toma, ela vai pra frente, ela vai pra trás”, “depois senta e rebola”.
Além do diretor do colégio da Cidade de Deus, também foram afastados os diretores de outras duas unidades na Zona Norte do Rio, sendo elas o CIEP Gustavo Capanema, no Complexo da Maré, e da Escola Municipal Marechal Estevão Leite de Carvalho, em Tomás Coelho, além da Escola Municipal Rivadavia Correia, no Centro, que receberam apresentações do coletivo. O afastamento dos servidores permanece durante a sindicância que apura o caso. Ainda de acordo com a pasta, foi proibida qualquer performance do grupo nas unidades da rede municipal.

Em publicações feitas pela Cia Suave nas redes sociais, há informações de que as apresentações fizeram parte de uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e tiveram o fomento da Prefeitura do Rio. Após a repercussão negativa, o grupo desativou todas os seus perfis. A secretaria confirmou a parceria, informou que o grupo foi selecionado em edital público em 2022, por uma comissão independente, e repudiou o teor da performance.
Durante a inauguração do Ginásio Experimental Tecnológico (GET) Mata Machado, no Alto da Boa Vista, nesta quinta-feira (31), Renan Ferreirinha afirmou que “situações como essa são isoladas e são tratadas com o rigor necessário”. Segundo o secretário, o coletivo agiu de má fé ao burlar a classificação indicativa para a apresentação nas escolas e a pasta vem tratando os dois casos com cautela, para diferenciar uma manifestação artística de uma performance com “apelo inapropriado, conotação sexual, uma situação que não é para o ambiente escolar”.

“A gente tem aqui um posicionamento muito claro na Prefeitura do Rio de Janeiro, que escola é local para conteúdo de criança, criança tem que consumir conteúdo de criança. Então, nós também procedemos dessa forma, imediatamente assim que isso chegou, e estamos seguindo da maneira adequada com isso. A escola tem que ser um local para a criança estudar, para a criança interagir uma com a outra, brincar e ser muito bem cuidado”, afirmou Ferreirinha, que disse ainda que as medidas adotadas estão respaldadas pelo Estatuto do Servidor.

“Nós temos o Estatuto do Servidor, até por isso que não é necessária uma nova medida legal. Nós temos já um aparato legal extremamente desenvolvido no nosso país e na nossa cidade. Eu posso afirmar com todas as letras: a Secretaria de Educação e a Prefeitura do Rio agiram de uma maneira muito firme e muito rápida, como deve ser, quanto a isso. Mas nós temos muita clareza sobre o que nós temos de responsabilidade e o que é do servidor, também. Precisa ficar muito óbvio para qualquer pessoa, especialmente quem trabalha na educação, o que deve ser um conteúdo apropriado para criança, isso tem que ficar de uma maneira muito clara”.

 

Crédito: odia.ig.com

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