Morta a marretadas pelo ex-marido estava separada há quatro meses e sofria ameaças, afirmam familiares

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Mesmo separada há quatro meses, a orientadora de trânsito Bruna Araújo de Souza, de 31 anos, temia pela sua vida e de sua filha mais velha, de 17 anos. O motivo, segundo familiares, eram as constantes ameaças que sofria do ex-marido, Haroldo da Silva Amorim, de 41 anos. Nesta quinta-feira, seu maior medo se concretizou. Ela foi morta a tiros e golpes de marreta pelo ex-marido, na residência onde viveu com ele, no bairro Rio do Ouro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Em seguida, Haroldo furtou um carro, fugiu e se jogou da Ponte Rio-Niterói. Ele também não resistiu. Segundo a polícia, ele teria cometido o crime por não aceitar o fim da relação

— Ele ameaçava ela e a filha, de 17 anos. Nunca prestou. Xingava ela de tudo quanto era nome, na frente de todo mundo, só tratava ela mal. Ele já estava atrás dela com armas dizendo que, se ela não ficasse com ele, iria matá-la. Essas ameaças eram frequentes. Vivia perseguindo ela — contou uma prima que preferiu não se identificar.

O casal ficou junto por 14 anos e teve uma filha, hoje com 12. A familiar contou que Bruna não tinha rede social por imposição do ex-marido. Após separar-se de Haroldo, Bruna foi morar com familiares em Inoã, em Maricá. Há seis meses, trabalhava como orientadora de trânsito na Secretaria de Trânsito de Maricá (Sectran). Mesmo distante, vivia com medo.

— Era linda, só viva sorrindo. Por quatro meses, viveu os dias mais felizes da vida dela. Hoje (nesta quinta-feira), ele mandou uma mensagem para ela ir na casa deles pegar as coisas dela. Disse que iria trabalhar e não estaria em casa. Quando ela chegou lá, foi uma armadilha. Ele estava com duas arma que ele vendeu o carro para comprar e matá-la. Fez tudo pensado — revelou a familiar.

De acordo com policiais militares do 7ºBPM (São Gonçalo), uma equipe foi acionada por populares e isolou a área. Bombeiros de Itaipu também foram ao local, por volta de 10h15, mas Bruna já estava morta. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga o caso.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Haroldo se jogou do chamado Vão Central da Ponte Rio-Niterói. Ele chegou a ser levado em estado grave para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu.

 

Crédito: Jornal Extra

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