Projeto Bem-viver Alimentar promove degustação de receitas para inserção no cardápio de escolas de Maricá

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A Prefeitura de Maricá recebeu na quinta feira, dia 1° de setembro, integrantes da Unidade de Fabricação I Piatti para um almoço de degustação de massas com nutricionistas de escolas do município na sede da Secretaria de Educação, no Centro. A ação faz parte do projeto Bem-viver Alimentar, criado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) com objetivo de financiar a produção de alimentos típicos da região, como jaca, guandu, banana, abóbora e aipim, além de um moderno sistema de produção de alimentos orgânicos. Com isso, os produtores poderão vender para a prefeitura e empresas parceiras, criando uma nova fonte complementar de renda.

Foram servidos nhoques dos mais variados tipos – de taioba, de massa de feijão de guandu verde, de farinha de guandu seco, de banana da terra verde e de batata doce com melado de cana e coco –, todos feitos à base de aipim. As massas tiveram o acompanhamento de molhos bolonhesa com erva baleeira e pesto de taioba com manjericão e castanha de caju.

“O encontro teve como objetivo iniciar um processo de seleção de produtos que farão parte do cardápio da alimentação escolar do município, através do projeto Bem-viver Alimentar”, explica o diretor-presidente do ICTIM, Celso Pansera.

Sócia do I Piatti, a chef Suzi Clementino se emociona ao falar do projeto, que, segundo ela, tem sido acolhido pela população: “Não existe nenhuma experiência parecida como o Bem-viver Alimentar no Brasil. Conversei com os agricultores e vi uma esperança nos olhos deles. Estamos começando com o pé direito aqui em Maricá e tendo um acolhimento muito grande. As pessoas ficam fascinadas e querem participar, justamente porque é uma coisa inédita”, destacou.

Uma das componentes do Comitê Científico do projeto Bem-viver Alimentar, Renata Ferreira explica que o objetivo é explorar ao máximo os alimentos do município. “O projeto pretende construir um ecossistema cooperativo alimentar na cidade. Por isso, ele busca insumos que são comuns aqui. Se o agricultor familiar produz o guandu, que produz a taioba, ele fornece para o I Piatti, que fabrica as farinhas, as massas. Além disso, o projeto irá gerar empregos, pois pretende capacitar mão de obra para trabalhar. É um trabalho totalmente cooperativo”, disse a engenheira de produção.

O espaço onde será instalada a unidade de fabricação do I Piatti fica em Ubatiba e já está em obras para implantação. Suzi Clementino explica que, além da linha de produção, será instalado um setor para capacitação dos futuros colaboradores da empresa. “Queremos implementar uma forma de capacitar de maneira que a pessoa circule pela parte de segurança alimentar e manual de boas práticas na fabricação de alimentos, por exemplo”, afirmou.

Cozinha experimental

Para chegar aos alimentos degustados, muitos testes e estudos foram feitos em parceria com diversos profissionais do setor. A chef Suzi Clementino conta que as experiências, por exemplo, com a farinha nutricional de guandu, receberam as orientações de uma engenheira de alimentos, além de nutricionistas e chefs de cozinha.

Após a degustação para nutricionistas da rede municipal de Educação de Maricá, o próximo passo do projeto é obter a aprovação dos alunos. Cerca de 70 estudantes irão provar o menu experimental desenvolvido pelo I Piatti. “O aluno precisa provar e aprovar os nossos produtos. Então, é indispensável passar por esse processo. Criança e jovem não mentem. Portanto, se for bom, é bom. E o contrário a mesma coisa”.

Na gestão de Projetos do ICTIM, Camila Barboza também ressalta que a validação final é do Conselho Municipal de Alimentação Escolar. “A importância do conselho é justamente na conferência da qualidade da merenda que está sendo servida aos alunos do nosso município”, considera.

 

 

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