Rio tem 15 dias sem chuva e cariocas como sobrevivem ao ‘maçarico’

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Máximas de 38 com sensação térmica de até 50 graus – que é como o nosso corpo percebe o calor. Essa é a realidade do Rio de Janeiro há pelo menos 15 dias, período em que a cidade não registra chuvas e vem enfileirando “títulos” de capital mais quente do país.

A explicação para tanto calor vem de uma massa de ar quente que está bloqueando a chegada de qualquer frente fria à cidade, mas há previsão de temperaturas mais agradáveis nos próximos dias.

Com o maçarico ligado, como se diz entre os cariocas, a solução é lançar mão de alternativas para amenizar o calor de quem trabalha na rua, tem que circular nos horários mais quentes ou fazer qualquer atividade na rua com o sol.

É o caso de funcionários da Secretária Municipal de Obras e Conservação que realizavam um conserto às margens da Avenida Brasil, por volta das 13h da terça-feira (8).

Além do uniforme que protege a pele, todos envolviam a cabeça e o pescoço com tecidos, para evitar queimaduras do sol, usavam óculos escuros e reforçavam na hidratação.

“A gente trabalha na rua o tempo inteiro, não tem como fugir do sol. Até para almoçar às 12h, mas volta às 13h com o sol mais forte do que nunca”, disse um dos trabalhadores.

Já o pedreiro Roberto Mathias, de 50 anos, arranjou solução mais criativa enquanto reformava um quiosque em uma das entradas do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e lançou mão de um ventilador. O vendedor Gerson Militão também levou o ventilador de casa para o trabalho.

“Está muito quente, e a gente vai se defendendo como pode. Vai ventilador, água, o que der”, disse, enquanto terminava um rodapé.

Chuveirão da Maré

O faz-tudo Nelson Carvalho, de 50, foi mais ousado na hora de se refrescar e tomou uma ducha no chuveirão da entrada do Parque Ruben Vaz, uma das comunidades do Complexo da Maré, e que ganhou a instalação para aliviar os moradores do calor.

“Está muito quente, tem muita gente que trabalha na rua, daí quem quiser jogar uma água na cabeça para se refrescar, pode”, disse um mototaxista que faz ponto próximo ao local.

Em Madureira, bairro que concentra importante centro comercial da cidade, as táticas para fugir do calor eram mais elaboradas para poder circular.

Cropped e sombra do poste

A trancista Tamires Letícia, de 23 anos, que foi ao local comprar cabelo para os seus trabalhos, esperava pelo ônibus na sombra do poste.

“A gente faz o que pode para fugir do sol: procura uma sombrinha onde dá, coloca um cropped fresquinho e coloca uns óculos escuros para dar um estilo”, brincou.

Manual do carioca para enfrentar o maçarico

  • Evite sair de casa nos horários mais quentes;
  • Se for inevitável, use protetor solar e proteção na cabeça que pode ser chapéu ou guarda-chuva;
  • Toalhinha para enxugar o suor;
  • Leve sua própria garrafa com gelo;
  • Única forma possível de enfrentar o calor é colocando um cropped e reagindo; complete o look com óculos escuros, chinelo ou sandália rasteirinha;
  • Na rua, não dê bobeira: espere o ônibus na sombra do poste (na falta de um ponto de ônibus com cobertura);
  • Quando pegar o ônibus, escolha bem o lado para não ficar com a cara no sol;
  • Se precisar fazer uma paradinha, pegue uma fresca em uma loja que tenha ar-condicionado bem geladinho.

 

Crédito: Portal g1

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