Sabine Boghici, suspeita de aplicar golpe milionário na mãe, morre ao cair de prédio na Zona Sul

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Sabine Coll Boghici, 49 anos, a mulher que foi presa por aplicar um golpe milionário contra a própria mãe de 82 anos, morreu após cair do 5º andar de um prédio na Lagoa, na Zona Sul do Rio, na tarde desta quinta-feira (14).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o caso ocorreu na Avenida Borges de Medeiros, ao lado do Vasco da Gama. A vítima, que já foi encontrada no chão, foi socorrida e encaminhada para o Hospital Miguel Couto e em estado gravíssimo, mas não resistiu. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o corpo será encaminhado ao IML.

Sabine foi presa junto com a namorada Rosa Stanesco Nicolau em agosto de 2022, e estava em liberdade provisória desde março deste ano. Apesar disso, ela estava proibida de ter contato com a mãe e com testemunhas, por qualquer meio, inclusive via redes sociais, aplicativos ou telefone. Ela ainda devia manter uma distância mínima de 500 metros da vítima.

Relembre o golpe

Sabine Boghici e Rosa Stanesco foram presas na Operação Sol Poente, da Polícia Civil, articulada para prender integrantes de uma quadrilha que se apresentaram como videntes e roubaram de uma idosa, mãe de Sabine e viúva de um marchand, cerca de R$ 725 milhões entre obras de artes, joias e dinheiro. No total, seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em endereços localizados nas zonas Sul e Norte do Rio foram expedidos. Na ocasião, a polícia também prendeu Jacqueline Stanesco Gouveia e Gabriel Nicolau, filho de Rosa.
Jacqueline e Rosa se passaram por falsas videntes e ofereceram à idosa de 82 anos, viúva do marchand e colecionador de obras de arte Jean Boghici, morto em 2015, tratamento espiritual para uma de suas filhas não morrer em troca de pagamentos altos. Ao desconfiar que a ação era um golpe, a idosa não quis mais realizar as transferências de dinheiro e passou a ser mantida em cárcere privado pela própria filha, em seu apartamento na Zona Sul do Rio, entre fevereiro de 2020 e abril de 2021. A idosa descobriu, então, que todo o golpe havia sido tramado por Sabine, que também passou a vender os quadros para uma galeria em São Paulo.

Durante o cárcere, a viúva era agredida e privada de comida. Ela ainda sofreu ameaças, com uma faca colocada em seu pescoço, para realizar transferência de dinheiro.

Entre as obras levadas pela filha para a venda na galeria de São Paulo estavam ‘O Sono’, de Tarsila do Amaral; ‘O menino’, de Alberto Guignard; ‘Mascaradas’, de Di Cavalcanti; ‘Maquete para o meu espelho’; de Antônio Dias; e ‘Elevador Social’; de Rubens Gerchman. Dois quadros chegaram a ser vendidos para o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, na Argentina.

A investigação realizada pela Deapti (Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade) intimou o responsável pela galeria em São Paulo a devolver os quadros que não haviam sido vendidos, o que fez a idosa reaver cerca de 40% do valor desviado.
À época, a Deapti também identificou Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, Ronaldo Ianov e Slavko Vuletic como integrantes da organização criminosa.

Crédito: odia.ig.com

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