Foto impressionante de navio ‘invadindo’ cidades no litoral de SP tem efeito gerado por ilusão de ótica

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A foto de um navio deixando o Porto de Santos, no litoral de São Paulo, e passando pelo canal do estuário que divide os municípios de Santos e Guarujá, faz parecer que a embarcação estava ‘invadindo’, por terra, uma das cidades, que inclusive se confundem diante do cenário cheio de prédios. A reportagem conversou, nesta terça-feira (31), com físicos e um repórter fotográfico, que explicaram se tratar de um efeito por ilusão de ótica.

As imagens foram captadas em foto e vídeo pela fonoaudióloga Katia Tomimoto, que tem a fotografia como hobby. À reportagem a mulher contou que estava no apartamento dela, em um prédio de 28 andares na Avenida Epitácio Pessoa, no bairro Ponta da Praia, em Santos (SP), quando avistou o MSC Preziosa deixando o cais santista.

Segundo o chefe do departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Artaxo, trata-se de uma ilusão de ótica. “A foto foi tirada com [uma lente] teleobjetiva que comprime o campo visual”, dando assim a impressão do navio estar entre os prédios.

Já especialista em Física da ONG Amigos da Água, Rodolfo Bonafim, que também tem especializações em Climatologia, Astronomia e Geologia, explicou como os recursos fotográficos alteram a percepção humana em determinadas imagens.

“Quando você usa o ‘zoom’ de uma lente, ou seja, quando aproxima um objeto de uma forma ‘artificial’, o fundo vai parecer mais próximo. Isso diminui todas as distâncias pela mesma proporção. Vai parecer que os prédios atrás são maiores, e uma coisa fica ‘grudada’ na outra. É comum na fotografia e faz parte da ótica”, acrescentou Rodolfo.

Prédios como moldura
De acordo com o repórter fotográfico do Grupo Tribuna, Alexsander Ferraz, o mais importante para que um registro do tipo seja feito é o posicionamento da câmera e do profissional. “É preciso estar em um prédio com a altura ideal, bem localizado e contar com a ‘sorte’ de que os edifícios à frente [próximos ao canal] tenham tamanho para ‘tapar’ a água”.

O repórter fotográfico acrescentou que se uma parte maior do mar aparecesse na imagem o efeito se perderia. “Os prédios, neste caso, funcionaram como uma moldura”.

Foto: Katia Tomimoto

Crédito: g1.globo.com

 

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