Uma vida sexual ativa pode reduzir o risco de doenças cardíacas e até melhorar a enxaqueca

Ter uma vida sexual ativa é importante para o bem-estar, mas não só isso. O sexo é uma necessidade do corpo humano
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Foto: Reprodução/Freepik

Ter uma vida sexual ativa é importante para o bem-estar, mas não só isso. O sexo é uma necessidade do corpo humano, e praticar essa atividade com frequência está associado a uma série de benefícios para a saúde física e mental.

“A OMS define a saúde sexual como um ‘estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade’. A saúde sexual tem que tomar sua devida relevância pois é pilar para a longevidade saudável. Cuidar da sexualidade é preservar o ser humano em todos os âmbitos: saúde, física, mental, financeira e econômica para o mundo”, diz o terapeuta sexual e médico João Borzino.

Um estudo publicado na revista científica Journal of Health and Social Behavior associou a prática sexual rotineira a uma redução no risco de hipertensão em mulheres da terceira idade. Outras evidências apontam que homens na faixa dos 50 anos de idade, que fazem sexo ao menos duas vezes por semana, correm um risco 45% menor de problemas cardíacos, incluindo diminuição da pressão média o que reduz a incidência de infarto e AVC e homens que mantém ao menos 21 ejaculações mensais tem risco duas vezes menor de desenvolver câncer de próstata.

“Devido à liberação de endorfinas pelo orgasmo, temos grande melhora nas crises de enxaqueca e um sono mais reparador, pois também há maior liberação de prolactina e ocitocina, aliviando a ansiedade de maneira geral. Assim como, com a diminuição do cortisol basal (hormônio do estresse), diminuímos o risco de incidência de diabetes, aumento da liberação de testosterona, sistema imune mais forte e detoxificação do organismo como um todo. Ou seja, promove uma bela ajuda no processo de desinflamar o corpo” explica Borzino.

Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, descobriram que mulheres que haviam feito sexo recentemente tinham melhor capacidade de lembrar de muitas palavras, apontando que a atividade sexual estimula conexões neurais importantes em áreas da fala, memória e aprendizado, o que impacta na concentração. Outro estudo, das Universidades de Bristol e Belfast, no Reino Unido, mostra que homens que praticam sexo regularmente vivem mais tempo e com maior qualidade.

Frequência ideal

Mas será que existe uma frequência ideal? Segundo Borzino, ela varia de acordo com a idade e depende de diversos fatores, como estilo de vida, saúde, características relacionais do casal, autoestima e libido.

“”Pesquisas do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução nos Estados Unidos, revelam que a frequência tende a decair ao longo dos anos e pode variar de uma vez por semana a uma vez por mês. Os jovens entre 18 e 29 anos têm, em média, 112 relações sexuais por ano, o que corresponde a três encontros por semana. Já em adultos de 30 a 39 anos, a média anual cai para 86, o que equivale a 1,6 relações por semana. Já o grupo entre 40 e 49 anos de idade tem 69 sessões por ano ou 1,3 relação semanal, um pouco mais da metade em relação aos mais jovens”, diz o médico.

Fonte: extra.globo.com

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