Papa anuncia que se vacinará na próxima semana e denuncia ‘negacionismo suicida’

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O papa Francisco fez o anúncio de que será vacinado contra a covid-19 na próxima semana, logo após dizer que seu médico pessoal, Fabrizio Soccorsi, morreu aos 78 anos por complicações ligadas à Covid-19. O papa também falou sobre  o “negacionismo suicida” daqueles que se opõem a este remédio contra a pandemia.

“Na próxima semana começaremos (a vacinação), já tenho minha data. Temos que fazê-lo. Há um negacionismo suicida que não consigo explicar “, disse o Papa à rede Canale 5.

Segundo o portal “Vatican News”, o médico lutava contra um câncer, por isso, estava internado no hospital Policlínico Gemelli, de Roma. No entanto, o falecimento foi causado por complicações ligadas ao coronavírus Sars-CoV-2.

“Acredito que do ponto de vista ético todos devem ser vacinados, porque você não só põe em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a dos outros”, ressaltou Francisco. “Quando eu era criança, lembro-me da epidemia de poliomielite, por causa da qual muitas crianças ficaram paralisadas e todo o mundo esperava ansiosamente pela vacina (…) Quando a vacina chegou, davam com açúcar. Aí a gente cresceu na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isso, contra aquilo … vacinas que davam para crianças. Não sei por que alguns dizem ‘não, a vacina é perigosa’, mas se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta riscos particulares, por que não fazê-lo?” questionou o pontífice.

Soccorsi teve uma longa carreira médica e também como professor desde 1968, trabalhando tanto no atendimento do serviço público como em áreas de pesquisa e administração de diversas instituições da capital italiana.

Entre as universidades em que atuou, está a La Sapienza, uma das mais importantes do país. Conforme o portal católico, o médico tem uma longa carreira também na pesquisa, com mais de uma centena de estudos – próprios ou em colaboração – publicados. Antes de ser médico pessoal de Francisco, Soccorsi trabalhou como consultor da Direção de Saúde e Higiene do Governo de Estado da Cidade do Vaticano e como perito de consulta médica da Congregação da Causa dos Santos.

Ainda à emissora Canale 5, Francisco disse que as pessoas que trabalham contra a democracia têm que ser condenadas, independentemente de quem sejam, e lições devem ser aprendidas com o ataque desta semana ao Capitólio dos EUA por apoiadores do presidente Donald Trump.

Manifestantes invadiram o prédio na quarta-feira depois que Trump os incentivou a ir ao Capitólio com afirmações infundadas de que venceu a reeleição em novembro. Cinco pessoas, incluindo um policial, morreram na confusão que se seguiu.

“Fiquei atônito porque são pessoas muito disciplinadas na democracia”, afirmou o pontífice em seus primeiros comentários públicos sobre os eventos. “Sempre há algo que não está funcionando… (com) as pessoas trilhando um caminho contra a comunidade, contra a democracia, contra o bem comum. Sim, isso precisa ser condenado, esse movimento, não importa quem esteja envolvido nele”.

Francisco afirmou que a violência pode explodir em qualquer lugar e que é importante entender o que deu errado e aprender com a história.

“Grupos que não estão bem inseridos na sociedade mais cedo ou mais tarde cometerão esse tipo de violência”, disse ele.

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