Paciente em São Gonçalo não está com peste bubônica, afirma Ministério da Saúde

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O Ministério da Saúde confirmou hoje (15) que a paciente de São Gonçalo com suspeita de ter adquirido peste bubônica não está com a doença. Segundo o órgão, o diagnóstico foi confirmado após exames feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen) do Rio detectarem a presença de uma bactéria comum, e não da Yersinia pestis, causadora da doença que, durante a Idade Média, matou quase 1/3 da população da Europa na época. A paciente, de 57 anos, está internada no Hospital Luiz Palmier, no Centro de São Gonçalo.

A bactéria detectada após análises foi a Morganella morganni, que é considerada comum no meio ambiente. O  Instituto de Pesquisas da Fiocruz em Pernambuco realizará mais exames sobre o caso, porém, a possibilidade da peste bubônica foi descartada. A paciente estava em isolamento no hospital, sendo tratada com antibióticos.

Confira a nota oficial do Ministério da Saúde, divulgada também pela Prefeitura de São Gonçalo: 

O Ministério da Saúde esclarece que o caso no município de São Gonçalo (RJ) não foi confirmado para peste bubônica. O caso não atende à definição de caso suspeito, ou seja, o quadro clínico apresentado pela paciente não se enquadra na definição de caso suspeitos para peste bubônica. O Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do estado do Rio de Janeiro refez a análise e identificou a bactéria Morganella morganni, bactéria oportunista comum no ambiente e nas pessoas. Trata-se de um microrganismo amplamente distribuído no meio ambiente e não causa infecções em indivíduos com boa imunidade. Em pessoas com comprometimento imunológico, pode causar infecções oportunistas do trato respiratório, urinário e infectar feridas.

Amostras laboratoriais foram coletadas e devem chegar nesta segunda-feira (14) no laboratório de referência Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães-FIOCRUZ-PE para outras análises e fechamento da investigação. É importante destacar que, se mantivesse a suspeita de peste (já descartada) não há necessidade de isolamento da paciente, já que a mesma foi medicada e dessa forma não há risco de transmissão. 

O Ministério da Saúde informa que o último caso de peste bubônica registrado no Brasil ocorreu no estado do Ceará, em 2005, e evoluiu para cura.

A peste é uma doença infecciosa aguda transmitida principalmente por picada de pulga infectada. O agente etiológico é uma bactéria Gram-negativa –  Yersinia pestis. A doença apresenta três formas clínicas, são elas: peste bubônica, peste pneumônica e peste septicêmica.  Devido à persistência da infecção em roedores silvestres, a doença é um perigo potencial para as populações.

A única forma de prevenção é evitar o contato com roedores silvestres e sinantrópicos (que vivem em meio urbano) e com suas pulgas. A forma bubônica é a mais comum e entre outras manifestações, a doença provoca febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa, falta de apetite, vômitos, confusão mental e olhos avermelhados(congestão das conjuntivas). O tratamento, a base de antibióticos, é ofertado no Sistema Único de Saúde – SUS e, para ser eficaz, deve ser iniciado nas primeiras 15 horas após o início dos sintomas. 

Veja também a nota oficial publicada pelo Estado do Rio:

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que foi negativo o exame para a bactéria Yersinia pestis, causadora da peste bubônica, no Hospital Luiz Palmier. O exame apontou apenas a presença de uma bactéria simples, comum em lesões de pele. Para a realização do exame de sangue feito pelo Laboratório Central Noel Nutels (LACEM) foram adotadas técnicas recomendadas pelo Laboratório de Referência Nacional da Fiocruz/ MS. 

 

 

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A expectativa é que o acordo entre em vigor hoje quarta-feira (27) e que ele dure dois meses.
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