2025 inaugura a geração Beta conheça as principais características. Nos primeiros dias de janeiro, o Brasil registrou o nascimento de bebês que fazem agora parte de uma nova geração, a “Beta”. Esse grupo será composto de pessoas que nasceram entre 2025 e 2039.
Segundo o Google Trends, plataforma que aponta as principais pesquisas na página de busca, o termo “geração Beta” teve um pico de popularidade no começo deste ano – ou seja, muitas pessoas procuraram sobre o assunto. E uma das principais buscas foi: o que significa essa geração.
Para o sociólogo e professor Sérgio Czajkowski Júnior, a mudança de geração Alpha para a Beta marcará uma vivência mais expressiva da sociedade com a inteligência artificial (IA). Conforme o professor, para a população Beta, praticamente, não haverá distinção entre o digital e o real.
“Eles serão nativos digitais com a questão da natividade já conectada com a Inteligência Artificial. A geração que está aqui agora, no máximo com seus 13, 14 anos, já encara perfeitamente essa relação com o universo digital. E a geração que está nascendo agora [Beta] vai ter essa relação com a I.A, que para boa parte da população é misteriosa, ainda está se revelando enquanto ferramenta”, comentou o professor ao g1 Paraná.
Outra característica é que a nova geração será a primeira geração pós-pandemia da Covid-19, ou seja, sem conhecimento de um trauma coletivo experienciado recentemente pela população mundial, como pontua o professor Sérgio.
Pela estimativa de viva da população mundial, os Beta devem ainda viver a transição para o próximo século, que começa no ano 2101.
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Mas quem define quando muda uma geração?
As características são estudadas e catalogadas por sociólogos, com vários objetivos. E um dos principais é identificar um tipo de tendência de consumo. Essa divisão ajuda as marcas e as empresas a criarem produtos e serviços que gerem interesse em cada uma das gerações.
Por exemplo, as calças jeans. Na virada do milênio, o modelo skinny ganhou força contra o que era usado nos anos 90. A nova vestimenta tinha como objetivo valorizar o corpo. Porém, alguns anos depois, o modelo mom veio com força, visando dar mais conforto aos clientes – em resumo, as nomenclaturas de gerações servem para as pessoas gastarem mais dinheiro ao criarem uma identidade.
As gerações visam também ajudar a entender quais são as visões de mundo, maneiras de se portar, de se relacionar, e forma de comunicação de cada um dos grupos.
E para descobrir em qual geração se encaixa, é preciso considerar o ano em que nasceu. Veja como ficaram definidas as antigas gerações:
- A geração silenciosa é a mais antiga: define-se por quem nasceu entre 1923 e 1946;
- Já os babyboomers são os que vieram ao mundo entre 1947 e 1963;
- Por sua vez, a geração X contempla pessoas nascidas de 1964 a 1983;
- Os millennials são as pessoas nascidas de 1984 a 1995;
- A geração Z é determinada por quem nasceu de 1995 a 2009;
- E, por fim, a geração Alpha: os nascidos a partir de 2010.
Interação e mistura das gerações
A troca de experiência entre gerações no ambiente corporativo está cada vez mais comum. Agora, quatro gerações estão dividindo espaço no mercado – Baby boomer, X, Millennial e Z. E, logo menos, as empresas contarão com a geração Alpha.
A mistura entre gerações é resultado de um fenômeno mundial: as pessoas estão trabalhando por mais tempo. Samantha Boehs, especialista em comportamento no ambiente de trabalho, explicou ao g1 Paraná que, para existir harmonia entre equipes, é preciso entender o perfil de cada faixa etária.
“É rico ter pessoas de diferentes gerações. É esse olhar que a gente tem que ter e não na lógica de que um está contra o outro. Hoje a gente sabe que, quanto mais heterogêneo o ambiente de trabalho, mais produtividade para a empresa, mais resultado”, avalia.
O gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Fabrício Lopes, também afirmou ao g1 Paraná que as empresas precisam entender a mudança de contexto e reduzir a rejeição a pessoas mais velhas.
“Quando você mistura no mesmo ambiente jovens saindo da universidade, com 24, 23 anos, com pessoas com mais de 60, você cria multi skills e isso gera inovação. Então, as empresas que estão conectadas no futuro já estão misturando essas pessoas”, completa.
Crédito:g1