A Justiça Federal negou os pedidos dos deputados estaduais presos pela Operação Furna da Onça, em novembro do ano passado, de saírem temporariamente da cadeia para tomarem posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em cerimônia marcada para esta sexta-feira (1). Os pedidos foram feitos pelos deputados Marcos Abrahão (Avante), Luiz Martins (PDT) e Chiquinho da Mangueira (PSC). Quem negou o pedido dos parlamentares foi o juiz Gustavo Arruda, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que substitui o relator do processo da Furna da Onça, Abel Gomes.
Entretanto, os deputados eleitos em 2018 podem tomar posse na cadeia onde estão reclusos. Também há possibilidade de prorrogar a posse, caso o presidente da Alerj concorde. Chiquinho da Mangueira, preso em regime domiciliar, pode ser empossado em casa.
Segundo o juiz, aceitar o pedido para a saída temporária contraria os trabalhos feitos nas investigações que levaram à prisão dos parlamentares. “A vinculação dos imputados atos de corrupção com a função de deputado estadual é incontornável pela sua só descrição, tanto assim que vários dos mandados de busca e apreensão se fizeram cumprir no prédio da própria Alerj, local onde os requerentes pretendem agora comparecer”, afirma o juiz Gustavo Arruda na sentença.