Pense comigo, leitor! – Por Adalmir Cardoso

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As Moiras ou Um Conto de Poder Palaciano

A cidade de Rio Bonito é repleta de bênçãos naturais, possui um povo aguerrido e com um caminho repleto de luta até os dias atuais. Cidade que possui histórico político delicado, principalmente nas três últimas décadas e que só apareceu nos noticiários nacionais contribuindo para depreciar ainda mais a imagem do município.

A pauta de lutas vencidas ou perdidas pela população rio-bonitense é gigantesca e apresenta alguns temas como: aposentados sem receber salário por mais de 3 meses, funcionalismo sem reajuste do vencimento base, assistencialismo na saúde para benefício eleitoral, educação sem gestão de recursos e sem políticas públicas voltadas para a qualidade do ensino, abandono total da classe artística, construções com objetivos eleitorais que pouco beneficiaram a comunidade local e tão pouco tiveram um plano de conservação e poderíamos aumentar ainda mais essa lista.

Arrisco dizer que, o principal motivo do insucesso de muitas dessas lutas do cidadão rio-bonitense foi até o momento, a ineficiência de gestões e políticos que passaram e não promoveram a cidade.

Para acentuar essa situação, temos também em nossa cidade, as Moiras. Sim, aquelas três irmãs da mitologia grega, conhecidas como “as fiandeiras do destino” que eram as divindades responsáveis pelo destino do homem e dos deuses. Assim como as da mitologia, as Moiras municipais buscam incansavelmente o domínio pelo destino da cidade. Elas usam o seu poder a bel-prazer para continuarem a conduzir a nossa vida.

Não podemos esquecer-nos do tear dos fios que, como conta o mito, é uma roda da fortuna utilizada para se colocarem acima das necessidades municipais, ao tentarem solucionar problemas através do seu julgo pessoal e protelar com o que não é “divino”.

Associada às Moiras, nós temos a Heméra, considerada a deusa da mentira. As Heméras rio-bonitenses tem grande poder de persuasão, performando uma sabedoria de gerenciamento público (mesmo sabendo que esse dom é da deusa Atena) e engendrando as informações baseadas em boatos como sendo a verdade absoluta. Consideram-se influentes por mobilizar as Moiras ou seus vassalos, para atiçar a opinião pública. Porém, chegará o dia em que as Heméras perceberão que são as Moiras que tecem na roda da fortuna o seu próprio “fio de vida”.

Caberia a nós sermos levados por um tear e um “fio de vida” que nós mesmos não traçamos ou teceremos nosso próprio destino já que somos dotados de livre-arbítrio?

 

Adalmir Cardoso é pai, professor, artista, mestre, especialista em gestão e atual Secretário Municipal de Educação de Rio Bonito.

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