Cantinho do Poeta – Evaldo Peclat Nascimento

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AS SIRENES EM RIO DAS OSTRAS

Sejam de ambulâncias hospitalares, Polícias (Militar e Civil), Corpo de Bombeiros ou até da Guarda Civil Municipal. A verdade é que as sirenes de veículos de emergência, socorro e segurança pública de Rio das Ostras tocam a cada momento. O que me faz lembrar um episódio ocorrido quando eu era repórter do jornal “O Fluminense”, em Niterói: uma ambulância em alta velocidade e com a sirene ligada avançou um sinal e colidiu com outro carro. Quando populares foram ver o que teria acontecido com os passageiros do veículo de emergência, verificaram que ele estava cheio de tábuas de madeira e sacos de cimento, sem nenhum paciente.

O acidente ocorreu na esquina das Ruas Feliciano Sodré e Visconde de Itaboraí, via onde se situa o jornal, no Centro da cidade. E eu fora designado para cobrir o evento. Felizmente ninguém ficara ferido, e o motorista da ambulância simplesmente confessou que fazia um transporte (irregular, é claro) do material para uma obra em sua casa, na hora do seu almoço. Estava apressado exatamente por que temia ser descoberto praticando aquela ação.

Ainda bem que em Rio das Ostras as ambulâncias não costumam avançar muito os sinais. Até mesmo porque, infelizmente, muitos motoristas que estão na frente custam mesmo a saírem e darem passagem. Como acontece no sinal que existe antes do acesso para a Rua Bangu, onde ficam o Hospital municipal e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Centro da cidade.

Coincidência ou não, as ambulâncias sempre chegam às imediações do sinal quando ele está fechado. Eu sugeriria que fosse mantido um guarda municipal no local a fim de franquear imediatamente o tráfego das ambulâncias no referido sinal visando facilitar o socorro. Ou que se criasse uma via de acesso alternativa e exclusiva para as ambulâncias ao complexo de atendimento hospitalar.

Eu ouço muitos sons de sirenes em Rio das Ostras também no bairro onde costumo ficar quando estou no Município, pois é próximo ao Destacamento do Corpo de Bombeiros Militar. Ali os veículos, geralmente um caminhão-pipa e uma ambulância van, já saem com elas ligadas a todo volume fazendo um trajeto rápido até a embocadura da Estrada do Contorno com a rodovia Amaral Peixoto.

Felizmente só há mesmo dois sinais nesse trecho (um na esquina com a Rua Macaé, e outro já na rodovia). Mas o barulho é tanto que os motoristas que acaso se aproximam do sinal, estando este aberto para eles, já ouvem e sabem que devem parar e darem passagem.

Só espero que nenhum motorista de carros de emergências de Rio das Ostras tenha também a infeliz idéia de usar o veículo para fazer algum tipo de transporte irregular como aquele condutor de Niterói lá pelos idos da década de 1980. Ou que não esteja usando o carro para chegar mais rápido a uma das praias dos 28 quilômetros de costas oceânicas do Município.

(Evaldo Peclat Nascimento é Jornalista, Professor, Poeta e Conselheiro do Conselho Municipal de Cultura de Silva Jardim)

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