Depois de três meses sem atividades presenciais por causa da pandemia de Covid-19, escolas particulares de Manaus voltaram a abrir as portas para os alunos no início deste mês de julho. O Governo do Amazonas autorizou o retorno das atividades presenciais nessas instituições e divulgou uma cartilha com normas e recomendações oficiais de segurança.
Manaus foi a primeira capital do país a enfrentar colapso nos sistemas de saúde e funerário por causa do coronavírus. Mas os números de casos e mortes vêm caindo nas últimas semanas; veja os gráficos. A capital amazonense concentra mais de 31 mil casos confirmados de Covid-19 até a última atualização da quarta-feira (15).
Um mapeamento elaborado pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) aponta que Manaus é a única capital com as escolas reabertas no país. Outros 11 estados e o Distrito Federal já têm propostas para retorno.
Há uma semana, são cerca de 60 mil alunos, distribuídos em pouco mais de 200 instituições privadas, que voltaram à “rotina” no modelo híbrido, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM). A partir dessa definição de rodízio, outras medidas e normas precisaram ser adotadas para garantir a segurança dos alunos e profissionais.
A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) divulgou uma cartilha com 68 normas e recomendações para o retorno gradual das atividades educacionais. Dentre elas, estão:
- A lotação das salas de aula ficará limitada a 50% da capacidade, ou a depender do espaço disponível, deve ser garantido o distanciamento mínimo de 1,5m entre as carteiras ocupadas;
- Deve ser adotado o sistema de rodízio semanal entre alunos, de modo que, enquanto metade da turma está em sala de aula, a outra metade estará em casa realizando atividades de maneira remota. Na semana seguinte os grupos são invertidos;
- Deve ser adotado o sistema de rodízio semanal entre alunos, de modo que, enquanto metade da turma está em sala de aula, a outra metade estará em casa realizando atividades de maneira remota. Na semana seguinte os grupos são invertidos;
- As instituições de ensino deverão desenvolver um plano de trabalho domiciliar ou remoto estudantes do grupo de risco ou àqueles (ou suas famílias) que não se sintam confortáveis e seguros para frequentarem o ambiente educacional de maneira presencial;
- O plano pedagógico deverá priorizar atividades que evitem aglomerações, e que possam ser desenvolvidas em ambientes abertos e arejados;
- Durante as aulas de Educação Física, assim como demais práticas esportivas ofertadas pelo estabelecimento de ensino, não poderá haver contato físico entre os participantes;
- Quando possível os horários de entrada e intervalo/recreio deverão ser redefinidos, de maneira que seja evitada a aglomeração de pessoas e a circulação simultânea de grande número de alunos nas áreas comuns do estabelecimento;
- Bibliotecas devem funcionar preferencialmente para empréstimo de exemplares, sem consulta ou leitura no local.
- Brinquedotecas devem permanecer fechadas. Para as crianças menores recomenda-se que estas não tragam seus próprios brinquedos para escola.
- Auditórios, salas de reuniões, e salas multimídia não devem funcionar até ulterior liberação da FVS;
- Na sala de aula as carteiras deverão estar dispostas de modo a respeitar o distanciamento mínimo de 1,5m entre si;
- Para a educação infantil deverá ser adotado o distanciamento de pelo menos 2m, uma vez que para esta faixa etária a utilização de máscaras é de difícil adaptação;
- Todos os espaços físicos do estabelecimento educacional devem disponibilizar com fácil acesso solução de álcool gel a 70%;
- É obrigatório a todos os frequentadores do estabelecimento de ensino, o uso adequado e a todo tempo de máscaras cirúrgicas ou de tecido com no mínimo duas camadas.
Particularidades entre as medidas adotadas nos colégios foram encontradas porque as instituições passaram a elaborar seus planos de retomada dentro da realidade de cada um. De testagem em massa no quadro de funcionários, a pequenos ajustes como brincadeiras à distância, uma cartilha elaborada pelo sindicato também serviu de “guia básico” para que as portas se abrissem no dia 6 de julho.