Anestesista preso por estupro passa a primeira noite em Bangu 8; unidade é destinada a detentos com ensino superior

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O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra dormiu a primeira noite em Bangu 8 após passar por audiência de custódia e ter a prisão em flagrante convertida em preventiva. A unidade, cujo nome oficial é Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, é destinada a presos que têm nível superior.

Segundo apurou a TV Globo, por volta das 21h15, quando chegou ao local, detentos começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto.

Seguindo o protocolo, ele passou a primeira noite isolado.

Além de ter sido filmado estuprando uma mulher na mesa de parto, ele é investigado por mais cinco possíveis atos como este cometidos nas unidades em que trabalhou, entre elas o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.

Outros presos

O Bangu 8 já recebeu outros presos de casos conhecidos, como Jairinho, que aguarda julgamento pelo caso da morte do enteado, Henry Borel. Outro que também passou pelo local é o delegado Marcos Cipriano, preso na Operação Calígula, que mirou a exploração ilegal de jogos de azar pelo bicheiro Rogério de Andrade.

Os presos da operação Lava Jato também já estiveram na unidade. Um deles foi o ex-governador Sérgio Cabral, que cumpriu parte da pena na cadeia, antes de ser transferido para o Batalhão Especial Prisional da PM, em Niterói, em setembro do ano passado.

Prisão preventiva decretada

Giovanni, de 31 anos, teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva nesta terça-feira (12). O médico foi preso pelo estupro de uma mulher na hora do parto, e a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher, investiga se há pelo menos mais cinco vítimas.

“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou a juíza Rachel Assad.

A magistrada destacou ainda o trauma gerado para a vítima.

“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, completou.

Com a mudança do status da prisão, o médico ficará preso por tempo indeterminado, tendo sua situação reavaliada se ultrapassar 90 dias. Neste tempo, o inquérito policial poderá ser concluído e entregue ao Ministério Público que decidirá pela denúncia ou não, e pela manutenção da prisão.

 

Crédito: g1

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