Associação Brasileira de Imprensa cobra investigação das mortes de jornalistas em Maricá

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O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Domingos Meirelles, pede celeridade na investigação das mortes de dois jornalistas em menos de um mês em Maricá (RJ). O pedido foi feito por meio de uma nota oficial emitida pela ABI na noite da última quarta-feira (19). “O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem o dever de investigar e identificar rapidamente os responsáveis por essas duas execuções sob pena de conivência com a espiral de violência que se apossou da região onde ocorreram os assassinatos”, diz ABI.

Por meio de nota, a ABI falou ainda sobre o importante papel do Governador Wilson Witzel no acompanhamento deste caso. “O Governador Wilson Witzel, como ex-juiz criminal, tem ainda o compromisso moral de impedir que essas duas mortes fiquem impunes. Sua Excelência precisa acelerar as investigações para que os autores e mandantes desses crimes sejam presos e submetidos aos rigores da lei”, diz a nota da ABI.

No documento, a ABI expressou ainda “repúdio e perplexidade” com o assassinato do jornalista Romário da Silva Barros, de 31 anos, fundador do site Lei Seca Maricá.

Ele foi baleado com três tiros na cabeça, na noite de terça-feira (18). O jornalista foi enterrado na tarde desta quarta após cortejo em carro oficial do Corpo de Bombeiros. “Não é crível que esta seja a segunda execução de jornalistas, em menos de um mês, no Município de Maricá”, diz a ABI.

Em 25 de maio, o jornalista Robson Giorno foi baleado e morto na porta de casa, no bairro Boqueirão. Ele era dono do jornal “O Maricá”. “A ABI entende que assassinatos e agressões contra jornalistas, seja qual for a sua natureza, representam grave ameaça à liberdade de imprensa e ao Estado Democrático de Direito. As duas execuções se revestem de uma significação ainda mais brutal por terem sido praticadas no mesmo município, num curto espaço de tempo”.

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, e a Deputada Estadual Zeidan, se reuniram nesta quarta com o Secretário de Estado da Polícia Civil, Delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga, na sede da Chefia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo a Prefeitura de Maricá, foi pedido total empenho nas investigações das mortes envolvendo os jornalistas. Durante a reunião, o prefeito Fabiano Horta afirmou que: “é inaceitável ataques a jornalistas e o crescimento da violência”.

Investigações

Os assassinatos dos dois jornalistas estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Até a publicação desta reportagem, ninguém foi preso.

Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas pela polícia, que também realiza diligências para elucidar os casos.

Na noite desta quarta, a Polícia Civil divulgou imagens que mostram o momento em que Romário é executado. O programa Tim Lopes, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), também apura se as mortes dos dois jornalistas são retaliações aos trabalhos das vítimas. “Caso seja confirmada a ligação com a profissão, o Programa Tim Lopes irá a Maricá para aprofundar a apuração, como feito em 2018 no caso do assassinato de Jairo Sousa, no Pará”.

Para a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), os dois crimes tratam-se de ‘execução’. “Exigimos das autoridades competentes celeridade na apuração dos casos, para que a população de Maricá e, em especial, os familiares dos jornalistas e a categoria possam ter uma resposta do Estado”.

Veja nota da ABI na íntegra

A Associação Brasileira de Imprensa expressa repúdio e perplexidade com o assassinato do jornalista Romário da Silva Barros, fundador do site Lei Seca Maricá, baleado com três tiros na cabeça, na noite de terça-feira passada (18/6).

Não é crível que esta seja a segunda execução de jornalistas, em menos de um mês, no Município de Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Robson Giorno, o primeiro a morrer, vítima de disparos dos ocupantes de um veículo Fiat Palio, era dono do Jornal O Maricá.

A ABI entende que assassinatos e agressões contra jornalistas, seja qual for a sua natureza, representam grave ameaça à liberdade de imprensa e ao Estado Democrático de Direito. As duas execuções se revestem de uma significação ainda mais brutal por terem sido praticadas no mesmo município, num curto espaço de tempo.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem o dever de investigar e identificar rapidamente os responsáveis por essas duas execuções sob pena de conivência com a espiral de violência que se apossou da região onde ocorreram os assassinatos.

O Governador Wilson Witzel, como ex-juiz criminal, tem ainda o compromisso moral de impedir que essas duas mortes fiquem impunes. Sua Excelência precisa acelerar as investigações para que os autores e mandantes desses crimes sejam presos e submetidos aos rigores da lei.

Fonte: G1

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