Júri popular condena a 26 anos de prisão sogro que mandou matar o genro em Rio Bonito

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O julgamento dos acusados pela morte do comerciante Sandro Sales foi finalizado na madrugada da última sexta-feira (2), no Fórum de Rio Bonito, e os quatro homens que praticaram do crime foram condenados pelo júri popular.

O resultado, para a família da vítima, é um alívio.

“A justiça finalmente foi feita, todos foram condenados. Agora vamos seguir, nossa família está leve. Nada vai trazer meu irmão de volta, mas agora estamos com a sensação de que a justiça foi feita”, disse a irmã de Sandro.

Alexandre dos Santos, sogro de Sandro, apontado como o mandante do crime, recebeu pena de 26 anos de prisão. Os acusados Jonas Oliveira dos Santos e Adalberto Andrade Mendes, foram condenados por serem os executores do homicídio de Sandro e receberam pena de mais de 24 anos de prisão cada. Segundo a sentença, as penas foram agravadas pela promessa de recebimento de recompensa pelo homicídio e pelas práticas de emboscada; extorsão; fraude processual, por terem incendiado o carro da vítima, e por corrupção de menor, já que um adolescente teria ajudado na execução do crime.

Já o acusado Luiz Henrique, foi absolvido do crime de homicídio, mas condenado pelos crimes de furto e extorsão processual. Quanto à acusação de ter amolado a faca usada no crime e destruir provas, não ficou provado que ele sabia que um homicídio tinha sido praticado. De acordo com a Justiça, Luiz teria furtado os acessórios do carro da vítima, antes do veículo ser queimado. Desta forma, Luiz foi condenado por furto, pegado uma pena de 1 ano e 6 meses, que foi substituída pela prestação de serviços à comunidade.

O julgamento teve início às 10h de quinta-feira (1º), no Fórum de Rio de Bonito, e foi até 1h de sexta-feira (2). Foram ouvidos os familiares de Sandro, advogados de acusação e defesa, e os reús.

O que dizem as defesas:

A defesa de Alexandre dos Santos, sogro de Sandro, apontado como o mandante do crime, disse em nota:

“O acusado Alexandre dos Santos Gomes foi condenado por ser mentor intelectual do crime de homicídio de Sandro, crime esse que segundo a sentença foi agravado pela promessa de pagamento de recompensa aos executores do homicídio, pela prática de emboscada e meios que impossibilitaram a defesa da vítima. Alexandre também foi condenado pela prática do crime de corrupção de menor, uma vez que à época do homicídio um menor de 18 anos teria ajudado na execução do crime. A pena total foi fixada em 26 anos de prisão. A defesa do acusado Alexandre dos Santos Gomes, que está sendo exercida pelo advogado João Carlos Ferreira Azevedo Junior, diz que ainda está avaliando a sentença, mas que a princípio vê a necessidade de interposição de recurso, o que será definido nos próximos dias”.

Já a defesa de Adalberto e Jonas se manifestou dizendo:

“O acusado Jonas Oliveira dos Santos foi condenado por ser um dos executores do crime de homicídio de Sandro, crime esse que segundo a sentença foi agravado pela promessa de recompensa, bem como por este ser reincidente, além das qualificadoras constantes na peça acusatória, foi também condenado pelos crimes de extorsão e corrupção de menores. O acusado Adalberto Andrade Mendes foi condenado por ser o outro executor do crime de homicídio de Sandro, crime esse que segundo a sentença foi agravado pela promessa de recebimento de recompensa pelo homicídio, pela prática de emboscada e meios que impossibilitaram a defesa da vítima. Foi condenado ainda pela prática do crime de corrupção de menor, uma vez que à época do homicídio um menor de 18 anos teria ajudado na execução do crime, pela prática de extorsão, além da fraude processual por ter incendiado o carro da vítima. As penas foram fixadas em 24 anos e 6 meses e 23 anos e 9 meses de prisão, respectivamente . A defesa dos acusados Jonas e Adalberto, que está sendo patrocinada pelo advogado Daniel Campos Magalhães, diz que está analisando a sentença e as provas constantes nas mãos de 7.000 páginas de processo para avaliar a possibilidade de recurso, é que por todo analisado até o momento vê a necessidade de interposição de recurso, mas que somente poderá ter essa certeza após o final da análise dos autos, o que deve ocorrer dentro dos próximos dias.”

Relembre o caso

Sandro Rodrigo, comerciante de Saquarema, foi morto a mando do próprio sogro em novembro de 2019. As investigações da Polícia Civil apontaram ciúmes como a causa do crime.

Alexandre dos Santos, sogro de Sandro, mantinha relações sexuais com a própria filha e não aceitava o relacionamento da jovem com o comerciante. Ele contratou criminosos para simularem um assalto e matarem Sandro, com 37 anos na época.

A vítima foi sequestrada em casa, em Saquarema, passou horas sendo ameaçado no banco de trás do próprio carro e, após entregar os cartões e as senhas, foi assassinada com um corte no pescoço. O corpo foi deixado na Estrada da Prainha, em Rio Bonito.

Os criminosos foram presos dias depois ao usarem os cartões de Sandro em comércios de Bacaxá, distrito de Saquarema.

Aos policiais, os homens confessaram que foram contratados para cometer o crime. Desde então, Alexandre dos Santos e os três homens que foram a júri popular estão presos. Um menor, que também participou da ação, cumpriu medida sócio educativa.

Crédito: Portal g1

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