Passageiros reclamam de estações e trens lotados no Rio de Janeiro

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No primeiro dia de redução da operação da Supervia, nesta quinta-feira (5), passageiros reclamaram de estações e trens lotados.

A concessionária que opera o sistema ferroviário no Grande Rio reduziu as viagens alegando queda de 40% do número de passageiros desde o início da pandemia.

Segundo a empresa, a pandemia alterou o hábito de muitos clientes, que têm mantido suas atividades em casa, mesmo após o fim das medidas de restrição ao deslocamento.

O Bom Dia Rio esteve em Gramacho, em Duque de Caxias, e viu a plataforma lotada. Passageiros afirmaram que os vagões já chegavam cheios.

“Com certeza essa redução vai atrapalhar muito. Sem ela, os trens já saíam lotado, nunca consigo ir sentada. Pego o trem de 6h e já vou em pé. Isso é um descaso com o trabalhador”, afirmou Suelen.

“Desde o início da pandemia, há um total desrespeito por parte da Supervia em relação ao número de trens necessários. Há muita aglomeração, tanto nas plataformas quanto nos vagões, muitos vendedores ambulantes e passageiros sem máscara. Parece que a pandemia e o coronavírus já acabaram”, descreveu o passageiro Renato Sales.

Novos intervalos a partir desta quinta-feira (5):

Ramal Deodoro – Santa Cruz:

Santa Cruz a Benjamin o Monte – 16 minutos

Campo Grande a Central – 11 minutos

Ramal Japeri:

Nova Iguaçu a Japeri – 15 minutos

Central a Nova Iguaçu – 7 minutos e meio

Ramal Belford Roxo:

Trens paradores – 25 minutos

Ramal Saracuruna:

Central a Gramacho – 12 minutos

Gramacho a Saracuruna – 23 minutos

O que diz a SuperVia

Por meio de nota, a Supervia informou manter a sobrevivência da concessionária, que vive exclusivamente da venda de passagens e não conta com subsídios do poder público. Ainda de acordo com a nota, a empresa registra uma redução de mais de 56 milhões de passageiros, o que resulta em uma perda financeira de R$ 247 milhões.

A nova grade de horários, com ajuste em todos os ramais, manterá a taxa de ocupação das composições abaixo de 60%, limite máximo estipulado pelo Estado e fiscalizado pela Agetransp. A empresa continuará cumprindo todos os decretos estaduais e a legislação vigentes.

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