Participação na execução de advogado. A Polícia Civil do RJ iniciou nesta segunda-feira (4) uma operação para prender dois suspeitos de envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo. Crespo foi executado com vários tiros na tarde do último dia 26, na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio de Janeiro — próximo às sedes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e da Defensoria Pública.
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Os alvos da Delegacia de Homicídios da Capital são um policial militar de 39 anos, lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), e um outro homem de 47. A Justiça expediu mandado de prisão temporária (30 dias) contra a dupla, além de mandados de busca e apreensão em endereços ligados a eles. Ambos já são considerados foragidos.
A Polícia Civil ainda busca informações sobre o executor, o mandante e o motivo.
Carros iguais
De acordo com as investigações, pelo menos dois veículos participaram da emboscada a Crespo. Os carros tinham as mesmas características: eram Gols brancos. No último sábado (2), um dos veículos utilizados no homicídio foi apreendido em Maricá.
Segundo a polícia, um deles foi o responsável por vigiar e monitorar a vítima com um dos veículos. Na manhã do dia 26, ele seguiu Crespo desde o momento em que o advogado saiu de casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, até chegar ao trabalho, no Centro da cidade.
Já o PM teria, também de acordo com a polícia, cuidado diretamente dos veículos usados na ação, tendo inclusive alugado um deles.
Motorista flagrado por câmeras
No dia do crime, Rodrigo saiu de casa, na Fonte da Saudade, na Lagoa, Zona Sul do Rio, pela manhã. Ele foi para o Centro da cidade em um carro de aplicativo e chegou ao escritório às 11h11 sem saber que estava sendo seguido de perto por um dos suspeitos pelo crime.
O Gol conduzido por um dos acusados que o acompanhou durante todo o trajeto e permaneceu estacionado na Avenida Marechal Câmara até as 14h27, quando cedeu a vaga a outro veículo da mesma marca e cor. Nele estava o assassino.
Através da rota de fuga do primeiro veículo, os investigadores começaram a descobrir detalhes sobre o assassinato.
Após a rendição, o acusado seguiu no carro pela Avenida Franklin Roosevelt, pegou a Avenida Antônio Carlos e foi em direção ao Aterro do Flamengo. Na região, passou devagar por um posto de gasolina. E a polícia identificou a placa do veículo.
Com a informação, os investigadores passaram então a detalhar as rotas feitas pelo carro e a analisar câmeras próximas à residência de Rodrigo.
O veículo, que pertence a uma locadora de automóveis, na Taquara, foi devolvido no último dia 29, três dias após o crime. Quando os policiais o encontraram, ele já havia sido alugado por outra pessoa na sexta-feira (1).
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral da Corporação apoia a operação da Polícia Civil:
“Dentre os alvos, um policial militar lotado no 15º BPM (Duque de Caxias). O envolvido já estava afastado do serviço nas ruas, pois responde a um outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021.
A Corregedoria já havia instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar em relação ao policial, que pode culminar com sua exclusão das fileiras da corporação. O comando da SEPM reitera seu impreterível compromisso com a transparência e condena qualquer cometimento de crime realizado por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.
A Corregedoria da corporação segue colaborando integralmente com as investigações da Polícia Civil”.
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Fonte: Portal g1