Dias após ser solto, depois de ficar seis dias preso injustamente, homem descobre outro mandado de prisão em aberto

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O motorista de aplicativos e montador de móveis que ficou seis dias preso após um reconhecimento fotográfico em uma imagem 3×4 de quando tinha 14 anos de idade descobriu que ainda tem um mandado de prisão aberto em seu nome.

A vida de Jeferson Pereira da Silva, de 29 anos, não voltou ao normal com a soltura da prisão na semana passada, depois de passar seis dias em Benfica.

“Eu continuo com medo. Medo de sair na rua, medo de ser abordado novamente e ser preso novamente, de voltar para aquele lugar horrível”, afirmou.

No dia 8 de setembro, Jeferson foi surpreendido por um mandado de prisão em que aparecia como suspeito de um roubo de celular em 2019. Ele foi reconhecido por uma foto de quando ele tinha 14 anos e ninguem sabe como essa imagem foi parar na delegacia de Inhaúma.

O caso repercutiu e ele deixou a carceragem de Benfica na segunda-feira passada (13).

Jeferson sabia que ainda teria um processo a responder, mas foi surpreendido ao saber do mandado ainda aberto.

“Eu estava indo na igreja e me bateu uma dúvida de repente assim e eu fui consultar no aplicativo meu processo. Consultando vi que tinha um mandado em aberto para mim. Eu fiquei sem entender na hora. Aí mandei para meu advogado e ele me respondeu e disse que vai entrar com a papelada toda para retirar meu nome . Isso já era para ter saido mas até agora nada, não saiu”, afirmou.

O número do mandado de prisão em aberto é o mesmo do que fez com que Jeferson passasse seis dias na cadeia. Ja as datas de expedição têm um dia de diferença. Um foi emitido dia 12 e o outro, no dia 11 de agosto.

O pai do Jeferson, o seu Celso, que passou por decepções na prisão e quando a soltura do filho foi adiada no dia 12, está mais uma vez desesperançado.

“Parece que o filme está querendo se repetir… Sabe quando vc ve um filme duas, três vezes e a sensação que eu estou tendo é que vou voltar a chorar de novo . Só de pensar nisso dá uma trsiteza muito grande”, afirmou.

“O nosso questionamento é esse: ninguém se comunica ali dentro, quem ta no processo do aplicativo, na Justiça.. Ninguém sabe o que é que faz, como que resolve o problema…”, questiona Fernanda, irmã de Jeferson.

O mérito do habeas corpus que determinou a soltura de Jeferson por meio de uma liminar agora será julgado pelo desembargador Paulo Rangel. Na tarde desta quinta-feira (22), os advogados de Jeferson comunicaram ao gabinete do juiz sobre a nova situação e receberam a resposta de que a questão está em análise.

“Tô com medo de ir preso novamente e eu não saio mais de casa. Não quero mais sair de casa com esse receio de ir preso. Queria ser livre novamente. Poder ir e vir tranquilamente sem ter medo de nada. Eu não tenho a liberdade que eu quero, que eu preciso. Estou preso a uma burocracia”, desabafa Jeferson.

O desembargador Paulo Rangel, relator do habeas corpus de Jeferson, determinou que a secretaria da Terceira Câmara Criminal certifique o que aconteceu e depois devolva o processo para ele decidir.

Crédito: g1.globo.com

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