José Dirceu fala sobre a democracia brasileira em encontro com militantes petistas em Maricá

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No último dia 11 (seguna-feira) o ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Lula, José Dirceu, esteve no município de Maricá para um bate-papo sobre as eleições deste ano. O encontro aconteceu no Esporte Clube Maricá, com a presença da deputada estadual Zeidan (PT), e diversos representantes da militância petista da cidade.

Na oportunidade, o ex-deputado relembrou a jornada de alguns ex-presidentes do Brasil, como Getúlio Vargas, e Jânio Quadros sobre a luta pela democracia no Brasil, e os desafios que o Partido dos Trabalhadores irá enfrentar nessas eleições.

Em entrevista à reportagem da FOLHA, ele falou que não considera que o Brasil esteja polarizado politicamente. “O Brasil não está polarizado. Dois terços dos brasileiros rejeitam o governo dele (Bolsonaro). E o povo tem uma opção. Mais da metade do povo vota no Lula, são dois projetos de Brasil, dois modos de vida, duas visões sobre, principalmente, a democracia brasileira, que o Bolsonaro não tem nenhum compromisso com a democracia, pelo contrário”, analisou ele.

Já sobre a recente aliança entre Geraldo Alckmin, que deve ser candidato a vice-presidente na chapa com Lula, José Dirceu disse que esse é o momento de tirar Jair Bolsonaro do poder.

“Era necessário fazer uma aliança mais ampla que a esquerda para enfrentar o ‘bolsonarismo’, porque o ‘bolsonarismo’ coloca em risco a democracia e desmonta os direitos sociais. E o compromisso do Alckmin é com a democracia e com os direitos sociais, então o acordo está feito sobre essa base. Lógico que o PT tem outros pontos programáticos que não são, vamos dizer assim, do Alckmin, mas agora é o momento de tirar o Bolsonaro”, explicou o ex-ministro.

Também em entrevista à FOLHA, a deputada estadual Zeidan se disse feliz com a aliança com Alckmin, e revelou que gostaria de ter Ciro Gomes também como aliado.

“Fiquei feliz (com a aliança entre Lula e Alckmin) porque nós ganhamos uma parcela do centro nessa luta em defesa da democracia. Nós temos divergências de posicionamentos em defesas de algumas pautas, mas nós temos algo que nos unifica, que é a defesa da democracia. Hoje, nós precisamos entender que o que está em jogo é o futuro democrático, é o estado de direto do Brasil, então essa aliança unifica um partido que teve um papel importante no Brasil, que foi o PSDB com o Fernando Henrique (Cardoso, ex-presidente da república), num período pré-Lula, e unifica o presidente que marcou o país com tanto programa de inclusão social, que foi o governo do (ex) presidente Lula. Eu vejo como uma força, essa união, e que a gente precisa de outros candidatos. Há quem dera se o Ciro (Gomes, também pré-candidato a presidente) estivesse nessa frente também”, disse a deputada.

 

 

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