Polícia procura suspeito de crime causado por R$ 100, em Petrópolis

às

A polícia procura o autor de um crime cruel na cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Emanoel Sérgio Simões da Silva, de 43 anos, é acusado de ter matado com machadadas na cabeça e uma facada no pescoço a vítima Bruno Monteiro. De acordo com as investigações da 105ª DP (Petrópolis), o crime foi motivado por uma dívida de R$ 100 e desentendimentos entre Emanoel e Bruno. O mistério em torno do inicial desaparecimento da vítima começou a ser desvendado com o depoimento da ex-companheira de Emanoel, que após ter sido agredida decidiu relatar para a polícia tudo que tinha presenciado. Com o depoimento da mulher, mesmo 10 meses após o crime, peritos conseguiram encontrar provas de que o assassinato tinha ocorrido, de fato, na residência do acusado.

Um dos irmãos de Bruno procurou a polícia em 26 de abril de 2020 para relatar que o familiar estava desaparecido desde o dia 22 daquele mês. Durante meses, os investigadores tentaram localizar a vítima, até que a ex-companheira de Emanoel procurou a polícia, em novembro daquele ano, para denunciá-lo por agressões sofridas por ela e acabou detalhando também o assassinato cometido pelo homem.

A testemunha contou que o próprio Emanoel lhe revelou como matou Bruno. Segundo ele, na noite do dia 23 de abril de 2020, a vítima estava parada do lado de fora de sua casa, encostado em um carro,e pediu para subir até sua casa. Emanoel, que estava acompanhado de outro vizinho de bairro, autorizou a entrada da vítima, e comentou com o homem que estava com ele sua intenção de matar Bruno naquela ocasião.

Ainda segundo o relato da testemunha, Emanoel colocou fermento em cima do mármore de uma janela da casa e simulou ser cocaína. Ele ofereceu a suposta droga para Bruno, que aceitou. Ao se abaixar, a vítima foi golpeada com marretadas na cabeça. Em seguida, levou uma facada no pescoço. A motivação do crime, de acordo com as investigações, foi uma dívida de R$ 100 que a vítima possuía com o autor, além de desentendimento entre eles.

A ex-companheira de Emanoel, que se tornou a principal testemunha do caso, descreveu o homem como violento e obsessivo, tendo a agredido várias vezes. Na última delas, a mulher sofreu fraturas na perna e no nariz e ficou internada por dois meses e meio. Foi depois desse episódio que a mulher decidiu denunciar o ex. Segundo ela, o próprio autor fazia questão de dizer que Bruno foi a sétima pessoa morta por ele.

A testemunha também contou que depois de matar Bruno, Emanoel ateou fogo em seu corpo, mas em determinado momento o cadáver parou de queimar e o homem decidiu esquartejá-lo. Para isso, contou com uma ferramenta elétrica utilizada para cortar azulejos. Em seguida, os pedaços foram colocados em sacos plásticos e jogados em diferentes lixeiras do bairro. Para ocultar o cadáver, de acordo com as investigações, Emanoel teve ajuda de um amigo, Bruno Tadeu Sampaio Pittzer, que foi preso. A ex-companheira também participou da ocultação, mas a Justiça aceitou a tese do MP de que a mulher praticou os atos sob violência psicológica e física, por isso não deveria responder por qualquer crime.

Além dos relatos da ex-companheira, uma prova pericial foi fundamental para a acusação contra Emanoel. Peritos da Polícia Civil conseguiram recolher material genético na casa de Emanoel, onde o crime ocorreu, e também na ferramenta elétrica usada para esquartejar o corpo da vítima. Após análise e coleta de DNA dos familiares de Bruno, os peritos constataram que o material genético era da vítima.

Emanoel foi denunciado pelo Ministério Público estadual e responde por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e por traição, mediante dissimulação), ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver e fraude processual, já que apagou imagens de câmeras de segurança de sua residência. Já Bruno Tadeu Sampaio Pittzer foi denunciado por ocultação de cadáver. Emanoel está foragido. A polícia já fez diligências em Macaé, RIo das Ostras e na Zona Sul do RIo, mas não conseguiu localizá-lo. O Disque-Denúncia lançou um cartaz no qual pede informações sobre seu paradeiro.

 

Crédito: extra.globo.com

Veja também

O SBT anunciou, nesta quinta-feira (2), que Christina Rocha deixou a emissora após 43 anos. A apresentadora
às

Deixe aqui sua opinião

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Últimas Notícias