Criança eletrocutada por fio solto em São Gonçalo teve braço amputado; família pede justiça

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Apesar de ter sobrevivido, o menino de sete anos que foi eletrocutado por um fio solto de alta tensão em 29 de abril deste ano em São Gonçalo, continua internado. Adrian Cardoso da Silva teve 60% do corpo queimado e precisou amputar o braço direito. Sua família continua em busca de justiça e necessitando de suporte para os cuidados da criança, após a alta médica.

Seu pai, Alexandre, responsabiliza a concessionária Enel pelo incidente. “Um dia antes do acidente (28 de abril), teve uma ventania muito forte lá na rua e alguns fios ficaram soltos. Começamos a ligar para a Enel, a equipe foi na rua e disseram que iriam voltar para resolver, mas não deu tempo”, relata. A concessionária foi responsável pela transferência do menino Adrian para o Hospital das Clínicas de Niterói (HCN), no Centro da cidade. Ele não corre mais risco de vida, mas não há previsão de quando deixará o hospital.

A criança está em processo de adaptação e recebeu um enxerto nas pernas. Agora, espera pela cicatrização das feridas. Seus pais deixaram seus empregos para cuidarem dele diariamente no hospital. “Desde o ocorrido  estamos  em contato com a assessoria  jurídica da Enel e queremos saber se vamos ter amparo deles após a saída do meu filho do hospital”, diz Alexandre, pai de Adrian, que tem recebido também o acompanhamento de psicólogos do HCN e a assistência social da Enel para lidar com a situação. Entretanto, sua família ainda teme pelo seu estado psicológico. “Meu filho era uma criança animada e cheia de energia, quero saber como vai ser quando ele sair daqui”, questiona o pai.

Adrian está internado desde o dia do acidente, em 29 de abril (Foto: Arquivo pessoal)

Nesta quinta-feira (8), aconteceu pela manhã uma audiência pública da Enel na Câmara Municipal de São Gonçalo com objetivo de debater questões da prestação de serviços da companhia, como cobranças indevidas. Moradores do município afirmaram, através da internet, que pretendem cobrar a concessionária pelo acidente com o menino Adrian. “Vamos todos unidos pelo guerreiro Adrian, pois por negligência e a péssima prestação dos serviços  da Enel, bem como a inobservância do dever em realizar determinado procedimento com as precauções necessárias, acarretou o acidente com Adrian. Todos juntos pelo Adrian!”, disse a mensagem.

Na época do acidente, a assessoria de comunicação da Enel informou que “lamenta profundamente o acidente”, garantindo que ofereceu assistência médica para a criança e o apoio necessário para a família, incluindo médico e social. Na época, a empresa afirmou estar apurando as causas do acidente. Em contato com o Jornal O São Gonçalo, a concessionária afirmou que, desde o acidente, tem prestado toda a assistência para Adrian e sua família, informando que realizou a transferência dele para o CNH, de Niterói, onde conta com o tratamento disponibilizado por uma equipe especializada em queimaduras. Todas as despesas estariam sendo pagas pela Enel, que afirmou arcar, ainda, com custos de alimentação e transporte da família da criança.

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