Ultramaratonista de Rio Bonito conquista 3º lugar em mundial na Itália

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Superação. Essa é a palavra que define a participação e o 3º lugar da ultramaratonista de Rio Bonito, Drica Rosa, na competição One Hundred Gran Sasso 2022, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de outubro na Itália. A esportista amadora disputou a prova com quatro atletas profissionais, uma polonesa, uma italiana e mais duas brasileiras. Foram 160km de corrida em montanha a uma inclinação 10 vezes maior do que a rampa de asa delta na Serra do Sambê, em Rio Bonito. A atleta foi recebida por amigos e apoiadores na última quarta-feira (26) em Rio Bonito.

Drica completou a prova com pouco mais de 28h e ficou atrás apenas da paranaense Letícia Saltori, que conquistou o 1º lugar, e da polonesa Patrycja Bereznowska, que conquistou o 2º lugar. Em 4º ficou a mineira Cida Cunha, e por último a italiana Emilia Kotkowiak.

Drica contou à reportagem da Folha que enfrentou várias dificuldades até conquistar o pódio, desde a roupa adequada para competir no frio, que conseguiu emprestada, até o percurso da prova, mas foi ajudada, através do celular, pelo grupo de amigos que estava em Rio Bonito. Ela disse que as condições do terreno da prova, são muito diferentes do que está acostumada.

“O terreno é diferente de tudo que já treinei na minha vida, são cascalhos, e quando eu pisava, as pedras saíam rolando junto e batendo no pé. Mas foi uma prova encantadora e de superação, agradeço a Deus e aos meus amigos que me ajudaram nessa superação”.

Ela revelou que não esperava ficar tão bem colocada, por isso começou a competição muito tranquila. “Não acreditava que ficaria em 3º lugar. Minha intenção era completar a prova e voltar com uma medalha de participação, então comecei a prova tranquila, sem precisar forçar porque não estava ali para tentar pegar um pódio, só que no decorrer da prova as coisas foram evoluindo e Deus estava presente, então foi maravilhoso”.

Dentre muitos percalços durante a competição, a ultramaratonista conta que também enfrentou animais selvagens durante a prova. Segundo ela, em um determinado ponto do trajeto, durante a noite, viu apenas os olhos do que pensava ser cachorros. “Só fui saber que o que eu vi não eram cachorros que cuidavam das ovelhas do local, e sim lobos, no dia seguinte da prova. Eram lobos de uma espécie nativa de lá”, conta Drica.

Superação

A medalha de bronze de Drica tem um gostinho de ouro, já que há 1 ano e quatro meses ela lesionou o tendão e precisou passar por uma cirurgia. “Uma medalha de participação da prova já seria o meu melhor troféu porque minha lesão foi séria e alguns médicos disseram que não voltaria mais a correr, principalmente em alta performance. Agradeço a Deus e aos meus amigos que me ajudaram nessa superação”.

100 milhas de novo

E para quem quer continuar torcendo pela atleta, ano que vem ela promete voltar ao circuito. De acordo com a riobonitense, esse ano ela vai descansar, “mas no ano que vem, devo fazer outra prova de 100 milhas (160km) que vai ser aqui no Brasil, só não sei o local porque ainda não divulgaram, mas quero fazer de novo o mundial, e para isso, eu tenho que passar pelas etapas de novamente”, conta a ultramaratonista.

Ela ainda agradeceu a ajuda de todos na vaquinha online que promoveu para colaborar com os gastos da viagem.

 

 

Lívia Louzada

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